Militar apoiadora de Trump e mais 3 morrem durante invasão ao Capitólio. 52 pessoas foram presas durante o ataque, e 14 policiais ficaram feridos
Quatro pessoas morreram durante a invasão de extremistas apoiadores de Donald Trump ao Capitólio, edifício sede do Congresso dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (6). Quatorze policiais ficaram feridos. As informações são da polícia de Washington DC.
Entre os mortos, está uma mulher apoiadora de Trump baleada pela guarnição que faz a segurança do Capitólio. Ela foi atendida no hospital, mas não resistiu aos ferimentos. As autoridades não deram detalhes sobre as demais vítimas. Segundo a polícia, elas sofreram “emergências médicas” do lado de fora do edifício.
A emissora de TV KUSI, de San Diego, na Califórina, falou com o marido da mulher morta e a identificou como a veterana de guerra Ashli Babbit, que serviu por 14 anos na Força Aérea. Ele disse que ela era “muito patriota e grande apoiadora de Trump”.
Mais cedo, o jornal “Washington Post” afirmou que Babbit foi atingida no ombro. A polícia investiga o que aconteceu. “Mulher branca, baleada no ombro”, disse um dos atendentes que a levou a uma ambulância com paramédicos que chegou ao local para prestar socorro, de acordo com o jornal. Policiais do Capitólio abriram caminho para que o veículo se aproximasse.
Diversos relatos na imprensa já falavam de uma mulher gravemente ferida, retirada ensanguentada de dentro do salão onde ocorria a sessão que iria certificar a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.
Apoiadores de Trump, que não aceitam o resultado, interromperam a sessão ao invadir o local. Deputados e senadores foram retirados do prédio pouco antes da invasão.
Segundo a CNN, um homem de 24 anos que estava escalando um andaime na fachada oeste do prédio do Capitólio caiu de uma altura de mais de 9 metros e foi transportado a um hospital em estado crítico.
“Transição ordeira”
Após o Congresso americano ratificar a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro na madrugada desta quinta-feira (7), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que “haverá uma transição ordeira em 20 de janeiro”.
“Embora isso represente o fim do maior primeiro mandato da história presidencial, é apenas o começo de nossa luta para tornar a América grande de novo”, afirmou Trump ao reconhecer a derrota para Biden, que tomará posse no dia 20.
A declaração foi publicada pelo porta-voz da Casa Branca, Dan Scavino, e foi feita após apoiadores do presidente invadirem o Capitólio, sede do Congresso americano, e causar a suspensão da sessão.
“Mesmo que eu discorde totalmente do resultado da eleição, e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro”, afirmou o presidente dos EUA.