Presidente da Petrobras caiu por se recusar a colocar R$ 100 milhões no SBT e na Record
Estopim para demissão do presidente da Petrobras foi recusa em pôr R$ 100 milhões em verba de publicidade estatal na Record e no SBT. As emissoras são as principais aliadas de Jair Bolsonaro
A TV Record e SBT foram parar entre os assuntos mais comentados do Twitter após a informação de que a verdadeira causa da demissão do presidente da Petrobras estaria relacionada ao fato de ele se recusar a colocar R$ 100 milhões em publicidade estatal nas duas emissoras.
Ao contrário da relação conflituosa que mantém com a Globo, o presidente Jair Bolsonaro é muito próximo de Edir Macedo e de Silvio Santos e, desde que assumiu o mandato, já destinou milhões de Reais em dinheiro público para SBT e Record (Saiba mais aqui e aqui).
Em texto publicado no jornal O Globo, o colunista Merval Pereira forneceu detalhes sobre o caso:
Alguns membros do Conselho de Administração da Petrobras tiveram uma reunião hoje com o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, que garantiu a eles que nada mudaria no mecanismo de reajuste de preços da estatal. Os conselheiros não se convenceram, e perguntaram ao ministro o por quê da mudança na presidência da Petrobras, se o governo não queria mudar a política de preços adotada.
Lembraram que nos próximos dias a empresa vai divulgar um balanço com resultados excelentes, e o que deveria ser motivo de fortalecimento econômico da Petrobras acabou se transformando em prejuízos bilionários. Os conselheiros que não estão aceitando a demissão de Roberto Castello Branco se preocupam com mudanças que afetem contratos e acordos já firmados, no Brasil e no exterior, prevendo sanções por quebra de compromissos.
Até mesmo o estatuto da estatal será afetado, pois o presidente da Petrobras no governo Temer, Pedro Parente, incluiu nele o compromisso com os acionistas. Na reunião hoje, conselheiros advertiram o ministro Bento Albuquerque que qualquer decisão que não tenha base técnica poderá ser barrada no Conselho. (…)
Castello Branco havia recusado um pedido do governo para colocar R$ 100 milhões em publicidade nas redes de televisão Record, do bispo Macedo, e SBT, de Silvio Santos. Em outra ocasião, foi instado a participar de um grupo de empresas que compraria vacinas para serem utilizadas por empresas privadas, e achou que não deveria participar. O esquema acabou não dando certo porque várias empresas, como a Petrobras, consideraram que seria inadequado financiar vacinação privada enquanto a vacinação do SUS está encontrando dificuldades devido à falta de doses suficientes.
Segundo o jornalista Merval Pereira, d’O Globo, o presidente Jair Conjota demitiu o chefe da Petrobras após ele se recusar a liberar R$ 100 milhões para Record e SBT. Os enlatados mexicanos e novas bíblicas NÃO VÊM MAIS. pic.twitter.com/DD8TR4MuTt
— BCharts (@bchartsnet) February 22, 2021
100 milhões pra Record e SBT. Quer dizer que foi por isso que o presidente da Petrobrás foi retirado. Não quis dar dinheiro pra rede de TV. E aí, a mamata acabou? pic.twitter.com/hfN8t8PlaM
— Leão No Inverno #SDV (@sani315) February 22, 2021
O presidente da Petrobrás se recusou a colocar R$ 100 milhões em publicidade na Record e SBT. Também já havia vetado a participação da empresa no consórcio privado que compraria vacinas e doaria parte ao SUS. Solução: colocar um general submisso ao capitão.
— Milton Rosa (@jmiltonrosa) February 22, 2021
Notícias de que o ex-presidente da Petrobrás teria se recusado a colocar 100 milhões na Record e SBT.
ACABOU A MAMATA
— Ricardo Heredia (@rickylhpaiva) February 22, 2021
O presidente da Petrobras se recusou a dar R$100 milhões para Record e SBT, então Bolsonaro enviou um general para fazer uma intervenção na Petrobras e liberar esse dinheiro.
A metáfora perfeita: todo golpe militar se trata de roubar dinheiro público para a elite.
— Jesus Da Goiabeira 🐊💉 (@da_goiabeira) February 22, 2021