Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância instaura inquérito para apurar denúncias de Vilipêndio Religioso no 'BBB'. Imagens da TV Globo foram solicitadas para análise e 4 participantes são investigados
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar a denúncia de intolerância religiosa contra Nego Di, Projota, Karol Conká e Lumena, do “BBB 21”, feita pelo deputado estadual Átila Nunes (MDB-RJ).
A Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) informou que imagens do reality show da TV Globo serão solicitadas para análise.
Na ocasião citada por Nunes, os participantes em questão relembravam uma conversa que Lumena teve com Lucas Penteado quando Nego Di falou: “Eu xangozei”, fazendo um deboche desrespeitoso com o orixá Xangô, cultuado nas religiões Umbanda e Candomblé.
Após a fala do humorista, Karol, Projota e Lumena também mantiveram o tom de ironia na conversa. Com isso, telespectadores do “BBB 21” também acusaram os participantes de intolerância religiosa.
A psicóloga Lumena, que é adepta ao Candomblé, ironizou a Umbanda, religião de Lucas Penteado.
“Peço que os integrantes do BBB 2021 tenham suas ações tipificadas como Crime de Discriminação Religiosa, previsto no artigo 20, com a agravante de ter sido cometido por intermédio dos meios de comunicação”, afirmou o deputado Átila Nunes nas redes sociais.
Há dez dias, Karol Conká já havia demonstrado preconceito contra as religiões de matriz africana ao dizer, em conversa com os participantes Lumena e Fiuk, que as pessoas comecem a rezar um “Pai Nosso” quando alguém manifestar uma religião diferente da cristã. Neste caso, ela estava referindo-se ao participante Lucas Penteado, que é praticante da umbanda.