Mulheres violadas

Mulher escreve bilhete na matrícula do filho para pedir socorro: “Não me ignore”

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Mulher pede ajuda relatando agressões físicas cometidas pelo seu companheiro em um bilhete entregue no meio de documentos do filho do casal durante a matrícula escolar do menino

Mulher escreveu bilhete para pedir ajuda contra violência doméstica

Por meio de um bilhete colocado junto da matrícula escolar do filho, uma mulher de 28 anos conseguiu pedir ajuda e relatar as constantes agressões físicas que vinha sofrendo por parte do companheiro.

O caso aconteceu em um Centro Educacional no bairro do Farol, em Maceió (AL) na tarde de terça-feira (9). A Polícia Militar foi acionada pela direção e prendeu o homem em flagrante sob a acusação de violência doméstica.

No bilhete, a vítima pedia: “Por favor, me ajude. Estou sendo espancada. Não posso falar. Estou com hematomas na perna e meu filho foi seriamente sofrido por psicológico. Ele me bateu com o facão. Me ajude, ele não me deixa falar, me ameaça toda hora. Não consigo mais ficar calada, eu me cansei. Não me ignore.”

No momento, a mulher estava dentro da escola junto com o filho, enquanto o homem aguardava na portão. Ao receber o bilhete junto com a matrícula, a servidora da escola saiu e imediatamente foi até a direção. O Batalhão de Polícia Escolar da PM foi acionado e prenderam o homem ainda na calçada. Ele não esboçou reação.

Segundo os relatos da vítima, o companheiro a espancou nos últimos dias usando um facão, e tudo na presença do filho. Ela também contou que era ameaçada constantemente a não procurar a polícia. A mulher tinha escoriações e hematomas pelo corpo e se submeteu a exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) do município.

O resultado será entregue à DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) onde a investigação do caso prosseguirá. Uma medida protetiva para a mãe e para a criança está sendo elaborada.

O homem está preso e aguardava audiência de custódia. A Seduc (Secretaria de Estado da Educação) informou que não repassará informações porque o caso corre em sigilo para preservar a identidade do estudante e da mãe dele.

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