Enquanto o Brasil puxa a fila global de novas infecções e mortes por Covid-19 sem que o presidente considere quaisquer medidas restritivas, Nova Zelândia retoma confinamento em sua maior cidade após a descoberta de um único caso
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, ordenou neste sábado (27) que a maior cidade do país, Auckland, volte a adotar o confinamento após a detecção de um novo caso de covid-19.
As novas restrições em Auckland devem durar no mínimo sete dias e foram anunciadas menos de duas semanas depois de um confinamento de três dias na cidade.
A partir de domingo (28), os moradores da cidade de 1,7 milhão de habitantes terão que permanecer em suas casas, exceto para trabalhar ou fazer compras de primeira necessidade. Escolas e estabelecimentos comerciais não essenciais permanecerão fechados.
O restante do país está submetido a restrições, como o limite de concentrações ao máximo de 100 pessoas e a obrigação do uso de máscara nos transportes públicos.
Ardern anunciou neste sábado (27) que um novo caso de coronavírus confirmado representa uma “causa de preocupação”, pois trata-se de uma pessoa contagiosa há uma semana que não estava em isolamento.
O confinamento anterior, o primeiro em quase seis meses em Auckland, foi adotado após a descoberta de três casos na cidade.
Desde então, várias pessoas com um vínculo comum com uma escola do sul da cidade apresentaram sintomas. Ardern disse que o caso confirmado não pode ser diretamente vinculado a outros testes positivos registrados há duas semanas.
A primeira-ministra considera que a epidemia avança porque as pessoas não se isolam como deveriam.
O balanço da Nova Zelândia na luta contra a covid-19 é elogiado pela comunidade internacional. Vinte e seis pessoas morreram vítimas da doença no país de cinco milhões de habitantes.
No Brasil
O Brasil segue um caminho completamente inverso ao da Nova Zelândia. Com um presidente que rechaça o lockdown e desconsidera qualquer medida restritiva, o gigante sul-americano é o único país do mundo que não tem conseguido estagnar ou reverter o avanço da pandemia.
A comunidade científica internacional já manifestou diversas vezes que considera o Brasil como a nação que pior enfrenta a pandemia da Covid-19 no planeta.
AFP
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