A princípio, vacina russa foi alvo de críticas e desprezo por parte da imprensa ocidental, mas o jogo parece ter virado. A Sputnik V é consideravelmente mais barata do que as suas concorrentes ocidentais, tem alta eficácia comprovada e não requer o mesmo tipo de infraestrutura de armazenamento ultrafrio
Na semana passada, a vacina russa Sputnik V passou a receber forte apoio após a publicação dos resultados da terceira fase de testes clínicos em voluntários, na renomada revista científica The Lancet, confirmadores da eficácia de 91,6% 21 dias após a primeira injeção e de 91,8% em pessoas de mais de 60 anos.
“Mais de uma dúzia de países aprovou o uso da vacina, e é muito provável que muitos outros seguirão [o exemplo], uma vez que a vacina recebeu o selo de aprovação da The Lancet. Sputnik V é consideravelmente mais barata do que as suas concorrentes ocidentais e não requer o mesmo tipo de infraestrutura de armazenamento ultrafrio, que complicaria a distribuição da vacina da Pfizer em grande parte dos países em desenvolvimento“, aponta jornal Washington Post.
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Jornalista acredita que a Sputnik V poderia trazer vitória ao Kremlin com uso de “poder brando”, acrescentando ser resultado de uma grande estratégia nacional de pesquisa implementada na Rússia.
“Talvez, o maior prêmio, pelo menos em termos geopolíticos, seja a Europa“, ressalta.
O artigo nota ainda que os membros da União Europeia foram confrontados com escassez de imunizantes e falhas na aquisição de vacinas, o que deixou os países do bloco para trás em termos de vacinação da sua população em comparação com EUA e Reino Unido. Esta situação suscita o interesse pela vacina russa nos países da UE.
Anteriormente, agência Bloomberg escreveu que a vacina Sputnik V é o maior avanço científico da Rússia desde o colapso da União Soviética.
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