Empregada doméstica e Monique Almeida contaram na delegacia versões distintas sobre mesmo episódio. Avó de Henry Borel também prestou depoimento
A empregada doméstica do casal Monique Almeida e Dr. Jairinho contou na delegacia uma versão diferente da que foi dada pela mãe de Henry Borel. O menino de 4 anos morreu no último dia 8 de março em circunstâncias ainda não esclarecidas.
Rosângela disse em seu depoimento que foi avisada sobre a morte de Henry no dia que foi trabalhar. A mãe do menino, por sua vez, afirmou na 16ª DP (Barra da Tijuca) que não contou à empregada o que tinha acontecido e, na hora do almoço, falou para ela tirar o dia de folga.
Na delegacia, Monique afirmou que não contou nada sobre a morte do filho para a empregada e que a funcionária fez a faxina no imóvel por conta própria, já que possuía a chave do local.
As contradições nas versões são consideradas importantes para a investigação, uma vez que a limpeza do apartamento comprometeu o trabalho da perícia técnica.
Na manhã de 8 de março, ainda no hospital, um policial civil pediu para Monique voltar para casa para receber a equipe que faria a perícia no local da morte. No entanto, quando os peritos chegaram já encontraram o imóvel limpo.
A versão apresentada por Dr. Jairinho sobre a funcionária também é diferente. Ele disse que, ao chegar em casa por volta de 10h, se deparou com Monique, a empregada e uma assessora conversando. Perguntado se Monique havia comentado algo com a empregada, o padrasto de Henry respondeu que ela disse que contou o que havia acontecido.
SAIBA MAIS: Monique e Jairinho dão versões diferentes sobre morte do menino
A avó materna de Henry Borel também prestou depoimento. Ela chegou na delegacia em silêncio e também saiu do local sem falar com a imprensa.
Entre as pessoas que já foram ouvidas pela polícia está uma ex-namorada do vereador Dr. Jairinho, que acusou o político de ter agredido a filha dela anos atrás. Segundo a mulher, que não teve a identidade revelada, a filha foi agredida por Dr. Jairinho quando tinha 4 anos de idade.
A polícia também já ouviu uma enfermeira e duas médicas do Hospital Barra D’Or. Elas atenderam Henry na madrugada do dia 8 de março. O perito do IML que fez o laudo de necropsia também já prestou depoimento.
Outras contradições
O boletim do hospital, onde Henry chegou às 3h50, informa que Monique e Jairinho disseram ter ouvido barulho emitido pela criança e se levantaram para ver o que aconteceu no quarto.
A médica Viviane dos Santos Rosa relatou que Monique e Jairinho disseram que encontraram a criança mole “após ouvirem um barulho no seu quarto sem resposta ao chamado da mãe”.
No entanto, no depoimento à polícia realizado 9 dias após a morte de Henry, o casal não mencionou qualquer barulho feito pelo menino.
A polícia também recolheu imagens de câmeras de segurança mostrando que Henry chegou bem ao condomínio onde moram a mãe e o padrasto.
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