Ex-campeão olímpico do Vôlei abriu discussão nas redes para tentar amenizar a responsabilidade de Bolsonaro sobre a tragédia que assola o país. Gustavo Endres se irritou com os críticos e desistiu do debate
Gustavo Endres, ex-atleta da seleção brasileira de Vôlei, abriu uma discussão no Twitter nesta quinta-feira (3) com o objetivo de tentar amenizar as responsabilidades do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a pandemia que devasta o Brasil.
O ex-campeão olímpico comentou que as críticas precisam ser direcionadas à população por não respeitarem o distanciamento social e outras medidas para conter a disseminação do vírus.
Gustavo afirmou, então, que não apenas o presidente, mas governadores e prefeitos também precisam ser cobrados. O ex-atleta recebeu milhares de críticas e, pouco tempo depois, encerrou as postagens sobre o tema.
“A treta tá muito boa! Continuem por favor… Não vou bloquear ninguém, essa época aconteceu tempos atrás. A ofensa deixam a maioria se sentindo poderosos né? Entendi então. Tudo culpa do Presidente da República, vocês me convenceram. Fui”, finalizou.
Confira:
Pior momento da pandemia
O Brasil está entrando no pior momento da pandemia, segundo pesquisadores da Fiocruz. E os sinais que levaram a esse diagnóstico sombrio mostram como o país piorou no combate à Covid.
A situação se agrava ao mesmo tempo, em todo país, de forma inédita desde o início da pandemia. É o resultado de um processo que começou há dois meses, com as festas de fim de ano. E agora, o recado de pesquisadores, como o neurocientista Miguel Nicolelis é: se preparem para o pior.
“Esse provavelmente pode ser o pior mês de março da história do Brasil, em termos de perdas de vidas de brasileiros e brasileiras, com a possibilidade de um colapso nacional de todo o sistema de saúde brasileiro”, alerta o neurocientista Miguel Nicolelis.
A vacinação em ritmo lento ainda não consegue frear o contágio. “O Brasil precisa vacinar de 5 a 6 vezes mais pessoas por dia, para nos próximos 90, 120 dias, ter qualquer chance de sair dessa crise, e diminuir dramaticamente o número de pessoas e de vidas perdidas”, afirma Nicolelis.
Novas variantes se espalharam com a falta de controle: “Estamos criando as condições para o aparecimento de um cem número de variantes, que podem vir a ser mais infectantes e letais”, diz o neurocientista.
As dificuldades para medidas enérgicas de isolamento da população e o esgotamento das equipes médicas são realidades que também precisam ser enfrentadas, como explica o pesquisador Carlos Machado, da Fiocruz.
“Vai ser muito difícil manter esse mesmo ritmo mais um ano. Ter um leito de UTI significa ter profissionais preparados, capacitados, com proteção e também descansados”, afirma Carlos Machado.
Diante desse quadro, os pesquisadores reforçam a necessidade de medidas mais rigorosas para restringir a circulação de pessoas, dependendo das condições de cada região. Apoio financeiro emergencial para quem mais precisa e também campanhas de esclarecimento em todo o país sobre a gravidade do momento, reforçando, por exemplo, a importância do uso de máscaras.
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