Jovem de 29 anos sem comorbidades morre vítima de Covid-19. "Muitas pessoas ainda acham que a doença é brincadeira, só vão sentir quando a dor for nelas", lamentou uma amiga
Lohanna Souza, de 29 anos, é mais uma jovem vítima da Covid-19 no Brasil. Ela morreu no último dia 5 de março em Apiaí, no interior de São Paulo.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica da cidade, Lohanna Souza não tinha comorbidades e estava internada em uma cidade vizinha para tratar a doença desde fevereiro.
A jovem foi internada em Apiaí (SP) logo após apresentar os primeiros sintomas do coronavírus, mas acabou transferida, no dia 14 de fevereiro, para a Santa Casa de Misericórdia de Piedade.
Nos últimos dias de internação, familiares e amigos da jovem pediram orações pela vida dela nas redes sociais. A morte de Lohanna, que deixou marido e dois filhos pequenos, comoveu centenas de internautas.
“Mais uma jovem cheia de sonhos foi vencida pela Covid-19. Ela lutou por dias, mas, infelizmente, ela se foi”, lamentou uma familiar. “Minha prima querida, vai estar para sempre no meu coração. Uma das pessoas mais boas que já conheci”, acrescentou outra.
lém de prestarem condolências pela morte de Lohanna, amigos e familiares também comentaram sobre as aglomerações e o desrespeito às medidas de prevenção à Covid-19 na pequena cidade de Apiaí.
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“Muitas pessoas ainda acham que a doença é brincadeira, só vão sentir quando a dor for nelas. Orei pela sua vida, pedi muito e supliquei para que você saísse dessa. Que dor, que falta você vai fazer. Vá com Deus, minha flor, que ele te acolha em um bom lugar”, desabafou uma amiga.
Recorde de casos
O Brasil registrou nesta segunda-feira (8) 1.114 mortes pela Covid-19 e chegou ao total de 266.614 óbitos. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 1.540 — a maior já registrada desde o início da pandemia. A variação foi de 41% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
Também já são 47 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil, 11 dias acima de 1,1 mil, e pelo nono dia a marca aparece acima de 1,2 mil. Foram dez recordes seguidos de 27 de fevereiro até aqui.
Enquanto a maioria dos países do mundo vê a pandemia retroceder, com queda semanal no número de casos e de óbitos, no Brasil a doença está fora de controle.
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