Índice aponta que um grupo de 100 pessoas infectadas pode transmitir o vírus para outras 93; na última semana, taxa brasileira estava em 1,06
A Imperial College London, universidade do Reino Unido, divulgou nesta terça-feira (27/04) que a taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil atingiu o índice de 0,93, indicando uma queda pela primeira vez em cinco meses.
Esse número aponta que um grupo de 100 pessoas infectadas pode transmitir o vírus para outras 93. Na última semana, o índice brasileiro estava em 1,06.
Desde dezembro de 2020, o levantamento da universidade indica que a taxa de transmissão brasileira está acima de 1. Mesmo com a leve queda, a Imperial College aponta que a taxa de transmissão desta semana pode variar entre 0,80 e 0,95.
Ainda segundo as projeções, os dados da universidade indicam que o número de óbitos pode chegar a 16.800 nesta semana. A contagem também varia entre 16.200 mortes e, o mais negativo, com 17.500.
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A Imperial College vem afirmando que há uma mudança nas notificações de casos e mortes no Brasil em decorrência da pandemia, e que tais resultados devem continuar sendo “interpretados com cautela”.
Anvisa barra a importação e o uso da Sputnik V
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) barrou na noite desta segunda-feira (26/04) a importação e o uso da vacina russa Sputnik V contra a covid-19 no Brasil.
Segundo o órgão brasileiro, a presença de adenovírus replicante na composição da vacina poderia acarretar riscos à saúde. A fórmula do imunizante utiliza dois vetores adenovirais, um para cada dose, contendo sequências genéticas do coronavírus Sars-CoV-2, causador da covid-19.
Os fabricantes da vacina Sputnik V afirmaram que a decisão da Anvisa é de “natureza política”. “Os atrasos da Anvisa na aprovação da Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência”, diz uma mensagem em português publicada pela conta oficial de promoção da vacina no Twitter.
Pouco tempo depois, o Kremlin se pronunciou e disse que os contatos com o órgão brasileiro irão continuar. “Os contatos vão continuar. Se faltam alguns dados, eles serão entregues. Não deve haver dúvidas sobre isso“, afirmou o porta-voz Dmitriy Peskov.
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