O relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicado na última semana traz informações de mais de 190 países
Anaïs Fernandes e Álvaro Fagundes, Valor
Um fim de ciclo de commodities, um impeachment, uma recessão, uma pandemia e o Brasil encerrou a década de 2011-2020 perdendo oito posições no ranking dos maiores PIBs per capita do mundo e viu sua vantagem em relação aos demais emergentes derreter.
É o reflexo de mais uma “década perdida” no país, apontam especialistas, e que pode se repetir se o Brasil não só falhar em lidar com a questão pandêmica de curto-médio prazo, como também ignorar seus problemas endêmicos.
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O Brasil, que iniciou a década passada na 77ª posição entre os maiores PIBs per capita globais em paridade do poder de compra (PPC), chegou a 2020 no 85º lugar, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicados na semana passada. O relatório traz informações de mais de 190 países.
Em 2020, o Brasil tinha um PIB per capita em PPC de US$ 14.140, contra US$ 15.394 em 2011. Naquele ano, o Brasil estava à frente da China, que encontrava-se na 110 posição, com US$ 9.627. O gigante asiático, porém, passou para 77 em 2020, com US$ 16.297.
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O PIB per capita mede a relação entre o Produto Interno Bruto do país e sua população, enquanto o cálculo em PPC pondera os diferentes custos de vida entre as nações. Em 2020, o maior no mundo era o de Luxemburgo: US$ 111,9 mil.
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