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Caso Henry Borel tem reviravolta após Monique mudar depoimento

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Mãe admite pela primeira vez que mentiu e versão falsa montada por ela e Jairinho sobre morte de Henry Borel começa a ruir oficialmente. Monique relatou que não foi ela que encontrou o filho morto

Jairinho e Monique

Monique Medeiros admitiu pela primeira vez a advogados e interlocutores que mentiu em seu primeiro depoimento no dia 17 de março na 16ª Delegacia da Barra, no Rio de Janeiro. As informações são de Juliana Dal Piva, colunista do UOL.

A mãe de Henry Borel afirmou que não foi ela quem encontrou o filho caído no chão do quarto de casal do apartamento na madrugada de 8 de março, quando ele morreu.

Em seu primeiro depoimento, Monique tinha dito à polícia que dormiu assistindo TV junto com o vereador no quarto de hóspedes e de madrugada acordou e encontrou Henry caído no chão. Ainda segundo o primeiro depoimento, Jairinho só teria chegado no quarto após ser alertado por Monique.

No entanto, nos últimos dias Monique relatou que foi obrigada pelo companheiro a inventar uma versão que “seria melhor até para ela”. Os advogados da mãe de Henry também garantem que ela era agredida fisicamente pelo vereador.

A nova versão de Monique converge com o que já havia sido relatado pelo pai do menino. Há alguns dias, o engenheiro Leniel Borel chamou atenção para uma contradição que passou despercebida no inquérito que investiga a morte de Henry.

Ao chegar ao hospital Barra D’Or às 4h50 da madrugada, o pai do menino ouviu de Monique que o vereador Jairinho já estava ao lado da criança quando ela chegou no quarto do casal e encontrou Henry no chão.

A contradição levou Leniel Borel a querer prestar depoimento à polícia para apresentar sua versão. Segundo o advogado dele, Leonardo Barreto, uma petição foi enviada à Polícia Civil, mas ainda não há uma data definida para a oitiva.

A defesa de Monique também informou que aguarda resposta para o pedido de um novo depoimento. “Pedimos um novo interrogatório de Monique Medeiros para que ela possa externar suas palavras sem pressões existentes em momentos anteriores à prisão. Pedimos ainda que o novo depoimento seja realizado na presença de um membro do Ministério Público e de seus novos defensores”, afirmam os advogados.

“Existem inéditas e graves revelações a respeito do crime a serem feitas que explicam o motivo da peticionária não ter exposto a versão verdadeira”, acrescenta a defesa da professora.

O promotor Marcos Kac disse que a “decisão de ouvir ou não novamente a investigada Monique Medeiros cabe unicamente ao presidente do inquérito, que é o delegado de polícia”.

Caso Monique seja ouvida novamente pela polícia e admita que o que aconteceu na madrugada de 8 de março foi um assassinato, o caso pode ter uma reviravolta jurídica no que diz respeito às condenações.

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