Em uma transação nunca antes vista na história do jornal, um colunista de tecnologia do icónico diário The New York Times transformou uma imagem da sua coluna em um NFT (Token não fungível), e o colocou em leilão, angariando mais de meio milhão de dólares.
Essa é a primeira vez em que algo semelhante acontece no jornal, e o protagonista de tal feito é um colecionador de peças digitais singulares, que ao serem registradas em uma cadeia de blockchain (no caso em questão a Ethereum foi utilizada), se tornam únicas e não podem ser replicadas.
A imagem em questão foi intitulada de “Compre esta coluna em Blockchain”. Ela foi convertida em um token que tinha como base um gráfico de 14 megabytes, e foi licitada mais de 30 vezes através da plataforma Foundation. A peça acabou sendo vendida a um colecionador que preferiu não revelar sua identidade, mas que garantiu a compra nos últimos segundos do leilão, ao oferecer 350 ethers (algo em torno de US$ 560 mil) pela obra de arte digital.
Segundo o New York Times, todo o valor angariado pela venda da obra será doado a uma instituição de caridade que é apoiada pelo jornal. Em relação ao comprador da peça, uma das poucas informações a seu respeito é que ele está ligado a um estúdio de música localizado em Dubai, e também é dono de outras obras de artes semelhantes à comprada no leilão.
NFT ganhando espaço
O NFT começou a ficar popular em 2017 com alguns jogos como o CryptoPunks e o CryptoKitties. Ambos foram desenvolvidos na Blockchain Ethereum, e através deles era possível comprar, vender, criar e colecionar pequenas figuras digitais. Este foi o pontapé inicial dessa tendência, que já há algum tempo deixou de ser exclusiva do mundo dos jogos. Os NFTs também são considerados ativos digitais, já que utilizam a mesma tecnologia que é a base das criptomoedas, como a Ethereum e o Bitcoin, porém, eles não são transacionáveis, assim como não podem ser multiplicados sem que seu dono permita.
Um registro é feito na Blockchain ao criar um NFT, que é como um certificado de exclusividade e autenticidade do conteúdo digital a que está vinculado, e essa garantia tem chamado bastante atenção dos investidores. De acordo com os dados revelados pelo BPN Paribas, esse mercado é avaliado em US$ 338 milhões, sendo que somente em 2020 ele cresceu 705%. E mesmo parecendo bastante interessante, talvez adentrar a esse tipo de mercado de arte digital não seja sua cara, mesmo que o apelo do Blockchain seja inebriante, pode ser preferível aproveitar que investir em forex é seguro e também possibilita a qualquer pessoa negociar criptomoedas, além de todas as outras moedas do mundo.
Porque valem tanto?
O motivo para esse valor ser tão grande é bem simples: os NFTs estão ligados às criptomoedas, principalmente o Ethereum, que tem experimentado uma valorização cada vez maior. Além disso, com a crise sanitária, os artistas tiveram que buscar diferentes plataformas para expressar o seu trabalho, e o mundo virtual foi uma das melhores saídas para transpor os novos desafios que eles têm enfrentado.
Um outro fator pode ser que algumas organizações e empresas começaram a adentrar ao mundo dos NFTs – a NBA, por exemplo, firmou uma parceria com Dapper Labs, estúdio que criou o CryptoKitties, para desenvolver o NBA Top Shot. Este, nada mais é que um mercado de cromos esportivos que são criados através de vídeos pequenos de momentos inesquecíveis dos jogos da liga de basquete americano.
Já o game Global Fantasy Football, desenvolvido pela Sorare, também começou a utilizar a tecnologia de Blockchain para levar para mundo digital o colecionismo de cartas de jogadores. De acordo com o CEO da empresa, Nicolas Julia, as cartas não serão apenas colecionáveis, elas também poderão ser usadas para competir com outros usuários nos fins de semana e concorrer há algumas premiações, além disso, todos os cards serão baseados no desempenho estatístico real dos jogadores de futebol.
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