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Em edição desonesta, Jornal Nacional tentou juntar os cacos de Moro

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Jornal Nacional não se dá por vencido e tenta juntar os cacos de Sergio Moro mesmo após a confirmação da suspeição do ex-juiz nos processos contra Lula

Jornal Nacional

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter formado maioria (7 a 2) e confirmar a suspeição de Sergio Moro e a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi intensa a quantidade de manifestações nas redes sociais saudando o restabelecimento da normalidade democrática e o respeito à Constituição.

“O reconhecimento da flagrante suspeição do ex-juiz que ‘julgou’ o presidente Lula é uma vitória da Constituição. Espero que sirva de freio aos que são tentados a servir ao poder sacrificando o Direito, numa espécie de vale-tudo. Sempre entram para a história de modo negativo’, destacou, por exemplo, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

No entanto, o principal telejornal do Brasil ainda se esforçou para juntar os cacos do já nocauteado Sergio Moro. A edição do Jornal Nacional de quinta-feira (22) priorizou as falas do ministro Luís Roberto Barroso, que votou contra a suspeição do ex-juiz da Lava Jato. Edson Fachin foi o outro ministro que tentou salvar Moro.

O jornalista Kennedy Alencar, do UOL, criticou a edição feita pelo Jornal Nacional. “Barroso na ofensiva defendendo o ‘cidadão de bem’ e falando da reação dos corruptos. Lewandowski na defensiva e com corte dos dados sobre visão crítica da Lava Jato. O Jn hoje ecoou um pouco aquela edição ‘equilibrada’ e ‘imparcial’ do debate entre Lula e Collor em 1989. Parabéns!”, ironizou.

A desonestidade da edição fez com que o nome ‘Jornal Nacional’ fosse parar nos assuntos mais comentados do Twitter.

O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) sinalizou que as responsabilidades do ex-juiz deverão ser apuradas com rigor. “Moro não violou somente o devido processo legal, submetendo Lula a 580 dias de prisão ilegal. Moro violou o processo eleitoral, beneficiando o candidato de quem se tornou ministro. Foi agente político de um projeto autoritário e é um dos responsáveis pela tragédia que vivemos”, escreveu, no Twitter.

O deputado Glauber Braga lembrou episódio em que apontou o dedo a Sergio Moro e o chamou de “juiz ladrão”. O confronto ocorreu durante sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, em julho de 2019. No Twitter, o parlamentar postou vídeo para comentar a comprovação de hoje sobre a suspeição de Moro: “Seu Sergio, agora é oficial: juiz ladrão.”