Barbárie

Menina de 6 anos é hospitalizada após ser torturada pela companheira da mãe

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Sessão de tortura contra menina de 6 anos durou três dias no interior do Rio de Janeiro. Mãe e avó da criança também foram presas. Estado de saúde da menina é gravíssimo

Uma menina de apenas 6 anos foi violentamente agredida pela companheira da mãe durante três dias na cidade de Porto Real, no Rio de Janeiro. As agressões começaram na sexta-feira (16) e só terminaram na segunda (19).

De acordo com a polícia, a criança está internada em estado gravíssimo. A mãe da menina e a companheira dela foram presas e irão responder por tortura.

As sessões de tortura contra a criança teriam começado após a menina ter bebido um copo de leite sem autorização. A avó da menina, sogra da mãe, contou como tudo aconteceu.

“A mãe dela ‘corrigiu’, mas não bateu muito não. Só deu uma chinelada e pôs ela [criança] de castigo. Aí minha filha não se contentou. Minha filha já tinha bebido bastante álcool e falou assim: ‘se você não bater nela, eu vou bater’. Na hora que eu levantei pra falar ‘não’, minha filha falou: ‘não se mete’. Aí voltei pra trás”, diz a avó.

“Minha filha pegou a menina e levou pra lá [pra fora da casa]. Aí jogou a menina lá no buraco, de uns sete metros. A mãe dela [criança] tentou segurar ela e caíram as duas. [Depois disso] Ela bateu, bateu e bateu na menina, aí trouxe a menina pra dentro [de casa].”, relatou.

Após três dias de agressões, a criança ficou agonizando até amanhecer e a mãe resolveu chamar o Samu. Segundo a polícia, além de ser jogada em um buraco a menina recebeu socos, empurrões, pisões, pontapés e sofreu lesões provocadas por um fio de TV, que foi usado como chicote. O fio foi apreendido como instrumento do crime.

A sogra da mãe da menina foi autuada por omissão de socorro. Ela vai responder em liberdade e alega que foi ameaçada pela filha caso tentasse fazer algo para socorrer a criança.

“Escutei ela pegar a menina, batendo na parede, batendo a cabeça da criança na parede, fazendo um barulhão. Eu não podia fazer nada, porque, se eu fizesse, minha filha já tinha avisado: ‘se a senhora sair daqui pra chamar o vizinho pra socorrer, eu vou matar a senhora’. Eu pensei e agora, como eu vou fazer? […] Ela pegou meu celular”.

O delegado responsável pelo caso afirma que a companheira da mãe sentia ciúmes da criança e o ‘copo de leite’ foi apenas uma faísca para justificar a covardia. “A companheira começou a sentir ciúmes da criança, o que foi piorando o relacionamento, até chegar agora às agressões”, contou Marcelo Nunes Ribeiro.

Na delegacia, a mãe da criança afirma que também era agredida pela companheira desde outubro do ano passado. Até a publicação deste texto, a menina permanece internada na UTI do Hospital Neovida Resende.

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