Após 350 mil mortes, Bolsonaro autoriza campanha por distanciamento e máscaras
Jair Bolsonaro finalmente autoriza campanha do governo federal por distanciamento e uso de máscaras. Ação acontece com um de atraso, após o país se tornar o epicentro mundial da pandemia
Diferentemente da postura adotada no ano passado, o governo federal iniciou, nas redes sociais, uma campanha a favor do distanciamento social e do uso da máscara para conter o avanço da COVID-19.
Trata-se de uma nova fase dentro da campanha divulgada pelo Ministério da Saúde. As mensagens foram postadas em perfis do Palácio do Planalto no Twitter e no Facebook.
“Mesmo com a vacinação contra a covid-19 avançando cada vez mais, é muito importante continuarmos cuidando uns dos outros. Por isso, lave sempre as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, evite aglomerações, mantenha o distanciamento e use máscara“, diz uma das mensagens nas redes sociais.
Mesmo com a vacinação contra a Covid-19 avançando cada vez mais, é muito importante continuarmos cuidando uns dos…
Publicado por Ministério da Saúde em Sexta-feira, 9 de abril de 2021
Em seguida, o perfil do Planalto diz: “Contra a covid-19, o cuidado é de cada um. A responsabilidade é de todos. Brasil unido“, escreve, acrescentando a hashtag ‘Pátria Vacinada’.
Contra a Covid-19, o cuidado é de cada um. A responsabilidade é de todos. A vacinação está avançando, mas é preciso continuarmos com os cuidados. Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, evite aglomerações, mantenha o distanciamento e use máscara. #PátriaVacinada. pic.twitter.com/RFaMOMq2Ah
— Planalto (@planalto) April 11, 2021
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações adotadas desde que o médico cardiologista Marcelo Queiroga assumiu o Ministério da Saúde.
A campanha teve o aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que desde o início da pandemia de COVID-19 foi contrário ao uso de máscara e ao isolamento – inclusive, criticou governadores que determinaram o fechamento do comércio não essencial para diminuir a circulação de pessoas nas ruas.
Bolsonaro vinha resistindo às novas medidas, mas foi convencido por Queiroga, que queria “dar o exemplo”. Ele é o quarto ministro da Saúde na gestão Bolsonaro – Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello passaram pelo cargo antes.
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Além das redes sociais, o governo planeja inserções da campanha no rádio e na televisão. Até agora, a Saúde já gastou cerca de R$ 50 milhões em publicidade. Os números da nova campanha ainda não foram divulgados.
Bolsonaro mencionou um suposto estudo feito na Alemanha ao afirmar que as máscaras seriam prejudiciais às crianças, causando irritabilidade, dor de cabeça e dificuldade de concentração. O presidente evitou entrar em detalhes porque, segundo ele, “tudo deságua em crítica sobre mim”.
Números piores
O Governo Bolsonaro iniciou a campanha no dia em que o Brasil registrou o segundo maior número de contágios pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
De acordo com o balanço diário do Ministério da Saúde, a doença provocou a morte de 1.803 brasileiros nas últimas 24 horas. Com isso, 353 mil brasileiros já perderam a vida em razão do vírus.
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