A mulher, que deixa dois filhos, escreveu recentemente uma declaração de amor para o namorado. Bolsonarista e 'anti-comunista', perfil de Rafael Ribeiro nas redes mostra que ele era um típico "cidadão de bem"
Luiza Coppieter, DCM
A cantora e influenciadora Lívvia Bicalho, de 37 anos foi encontrada morta junto a seu namorado, Rafael Ribeiro Pinto, 39 anos, em seu apartamento em João Monlevade, região central de Minas Gerais.
Por volta das 13h, a polícia foi acionada depois de os vizinhos ouvirem barulhos de tiros após uma briga do casal. No local, Rafael foi encontrado com um revólver 38 na mão e um tiro na cabeça.
Já Lívvia tinha um disparo no peito.
A polícia trabalha com feminicídio seguido de suicídio.
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Lívvia tinha quase 100 mil seguidores no instagram e demonstrava muito amor pelo namorado. Na última eleição, foi candidata a vereadora pelo partido Avante, com a plataforma de defesa das mulheres.
Há seis semanas, no aniversário dele, escreveu uma declaração de amor. “Saiba que sempre estarei do seu lado e farei dos seus sonhos os meus sonhos também”, afirmou.
Rafael se apresentava como sócio-propretário da Transportadora Ferreira Pinto e day trader. Vendia carros nas horas vagas.
Era o típico cidadão de bem.
Em seu perfil no Facebook, encontram-se postagens em comemoração à eleição de Bolsonaro, em defesa de Sergio Moro da Lava Jato e contra Lula, o PT, o comunista etc.
Era um compartilhador de postagens do MBL e de Joice Hasselmann.
Disseminou muitas fake news durante as eleições e era apoiador de um tucano em sua região.
Fã de Danilo Gentili, Jonathan Nemer e outros humoristas de extrema direita, compartilhou diversos vídeos e posts deles com ataques à esquerda.
Alexandre Garcia, Ratinho e Emílio Surita eram constantes.
Militares disseminando fake news eram igualmente da predileção de Rafael. Um de seus posts foi vetado pelo Facebook por conter conteúdo falso.
Leia também: Quem quer ser um cidadão de bem?
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