No Maranhão, Bolsonaro chama Flávio Dino de 'gordinho ditador' e diz que libertará estado do 'comunismo'. Governador rebateu: "Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público. Estou ocupado com vacinas, pessoas doentes, medidas sociais, coisas sérias"
Marina Oliveira, Congresso em Foco
Em alusão a um dos seus maiores opositores, o governador do Maranhão, Flávio Dino, Jair Bolsonaro questionou a população de Açailândia, há mais de 500 quilômetros de São Luis, sobre quem era o “gordinho ditador” do estado.
“Lá na Coreia do Sul é uma ditadura, o ditador não é um gordinho?”, perguntou.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, chegou a corrigir o presidente, lembrando que a Coreia do Norte é quem tem o regime fechado, mas Bolsonaro continuou. “Na Venezuela também é uma ditadura, não tem um gordinho lá que é ditador? E quem é o gordinho ditador aqui no Maranhão”, completou.
Bolsonaro passou a palavra ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, em meio à aplausos e gritos da população: “Vai, Tarcísio”.
A comitiva do governo federal esteve no Maranhão na sexta-feira (21) para a cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural. O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), acompanha o presidente na viagem.
Flávio Dino rebateu a fala de Jair Bolsonaro e disse: “Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público.”
Em visita ao interior do Piauí na última quinta (20), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, saudou a presença do filho do presidente. ”Eles sabem que Carlos Bolsonaro foi responsável pela eleição de Jair Bolsonaro. Apareça, Carluxo”, disse.
O filho do presidente abraçou o ministro no palco, que continuou: “Não fique no Rio não, fique ao lado de seu pai, em Brasília“. A fala de Fábio se deu enquanto criticava a condução da CPI da Covid.
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“Sabe o que a gente está vendo na CPI? Que o filho não pode ficar perto do pai. Se tiver alguma reunião ou almoço do Bolsonaro, e algum filho tiver perto, é crime, general Heleno. Quero ver se o senador Renan [Calheiros] não conversa com o filho dele em Alagoas. Quero saber se os senadores que estão na CPI não conversam com seus filhos”, declarou.
Durante sessão da comissão do último dia 20, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) exibiu um vídeo de governadores do Consórcio Nordeste – incluindo Flávio Dino – e do governador João Doria (PSDB), de São Paulo, defendendo uso da hidroxicloroquina de acordo com recomendação médica.
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O vídeo, fora de contexto, era do início da pandemia, quando ainda não havia contraindicação do uso do medicamento para casos de covid-19.
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