Polícia Militar

Colegas PMs debocham de filho de soldado e adicionam berinjela em foto

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Policiais publicaram foto do bebê recém-nascido com berinjela e conotações sexuais. Soldado expôs o caso em depoimento corajoso. Corporação afirmou que “não compactua com nenhum tipo de discriminação”

O soldado da Polícia Militar (PM) de São Paulo, Guilherme Ferreira Vicente, acusa um sargento e outros policiais militares da corporação de homofobia e difamação por fazerem insinuações sobre sua sexualidade. As informações são do G1.

Segundo Guilherme, que se identifica como heterossexual, agentes da PM colocaram um emoji de berinjela em uma foto onde ele aparece segurando o filho, ao lado da esposa.

A figura do legume substitui o rosto da criança e, de acordo com Guilherme, foi usada com conotação sexual seguida de ofensas homofóbicas em grupos dos policiais no WhatsApp.

Em um vídeo, o soldado Vicente, como é conhecido internamente na corporação, afirma que as ofensas começaram após ele ter publicado um stories em uma rede social dizendo que estava com vontade de “comer berinjela”.

“Recentemente fiz um storie falando que estava com vontade de comer berinjela. Uma certa pessoa pegou o vídeo e começou a espalhar tentando atingir a minha sexualidade, dizendo que ‘eu sou gay’ por causa da berinjela. Um sargento, que eu não tenho intimidade, pegou o vídeo e fez comentários me difamando em um grupo cheio de polícia”, disse.

Embora Guilherme se apresente como heterossexual, ficou claro, segundo ele, que o sargento e outros PMs tiveram atitudes homofóbicas.

No vídeo, o soldado ainda mostrou uma mensagem que recebeu no grupo de WhatsApp que dizia: “Quando esse aí peida sai o cheiro de jontex”, uma alusão a uma marca de preservativo masculino.

Guilherme e a esposa Ana Carolina, ambos de 25 anos, têm imagens segurando o filho. Foi justamente uma dessas fotos que passou a circular entre os PMs com ofensas diretas ao soldado.

Nesta quinta-feira (27), a Polícia Militar informou que “não compactua com nenhum tipo de discriminação” e que apura a denúncia.

“A Polícia Militar é uma instituição legalista e não compactua com nenhum tipo de discriminação. A PM esclarece que o policial militar ainda não formalizou a denúncia, entretanto o comandante do 13º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, ao tomar conhecimento do vídeo, imediatamente adotou providências para apurar os fatos apresentados”, informa o comunicado da corporação.

VÍDEO: