Os recursos gerados serão destinados para enfrentar as emergências sanitárias e econômicas impostas pela pandemia. Apesar da alta arrecadação, alguns conhecidos magnatas se negaram a pagar o tributo, além do futebolista Carlos Tevez
O governo da Argentina informou, nesta segunda-feira 3, que arrecadou mais de 2 bilhões de dólares com um extraordinário imposto sobre a riqueza, destinado a fazer face aos gastos com a pandemia do novo coronavírus.
A arrecadação com o tributo, promovida pelo governo de Alberto Fernández, chegou a 223 bilhões de pesos (cerca de 2,252 bilhões de dólares no câmbio atual), segundo a entidade arrecadadora, AFIP.
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A chefe da AFIP, Mercedes Marcó del Pont, indicou que “os recursos gerados serão essenciais para enfrentar as emergências sanitárias e econômicas impostas pela pandemia”.
Cerca de três mil pessoas inadimplentes agora estão sujeitas ao controle da entidade. Desse grupo, apenas cerca de duzentas recorreram à proteção judicial para não pagar o valor.
Entre os que se recusaram a pagar o imposto estão alguns dos mais conhecidos magnatas do país e o jogador Carlos Tevez, do Boca Juniors. Eles entraram com uma ação na Justiça.
A chamada “Contribuição Solidária” foi aprovada em dezembro pelo Congresso com uma alíquota de pelo menos 2% aos patrimônios que excedam 200 milhões de pesos (cerca de 2 milhões de dólares), a serem pagos uma única vez.
As porcentagens vão sendo escalonadas à medida que aumenta o patrimônio, até estabelecer 3,5% para quem passa de 3 bilhões de pesos (30 milhões de dólares), pagos uma única vez.
O destino dos recursos se divide entre despesas com saúde por causa da pandemia, bolsas de estudo e subsídios para apoiar pequenos negócios em crise e seus trabalhadores, entre outros fins.
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AFP
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