A privatização da Eletrobras pelo governo Bolsonaro vai resultar em um custo de R$ 20 bilhões por ano para o bolso do cidadão, segundo estimativa da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres)
A privatização da Eletrobras vai resultar em um aumento de R$ 20 bilhões por ano aos consumidores, segundo estimativa da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres).
De acordo com a associação, a contratação de termelétricas em quantidades e locais já definidos, sem suporte e estudo técnico, pode resultar no aumento de custo.
Para a Abrace, os aumentos para o setor produtivo chegariam a 20% da conta de energia, que serão refletidos nos preços dos produtos e serviços à população. Como exemplo, a associação estima um aumento de 10% no preço do leite e 7% na carne.
Além disso, a prorrogação do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes de Energia Elétrica) acrescentaria R$ 3 bilhões por ano às contas de energia, segundo a Abrace.
A expectativa é que a criação de reserva de mercado para Pequenas Centrais Hidrelétricas nos próximos leilões de energia nova também aumente o custo anual do consumidor cativo em quase R$ 1 bilhão por 30 anos.
“Por estes motivos, a privatização da Eletrobras nestes termos não deveria prosseguir, pelos altos custos impostos à população brasileira“, afirma Paulo Pedrosa, presidente da Abrace. “O projeto escolhe vencedores e faz dos consumidores do Brasil perdedores“, completa.
Saiba mais:
A privatização da Eletrobrás deveria ser um escândalo nacional
Privatização da Eletrobras penaliza pobres e população rural
Privatização da Eletrobras deve aumentar contas de luz em 20%
A Câmara dos Deputados aprovou no começo da madrugada desta quinta-feira (20) a Medida Provisória (MP) 1031/21, que viabiliza a privatização da Eletrobras. Na prática, a participação acionária do governo e do BNDES na empresa diminuiria, com a venda de novas ações na Bolsa de Valores.
Atualmente a estatal é vinculada ao Ministério de Minas e Energia e responde por 30% da energia gerada no país. O texto foi enviado ao Congresso em fevereiro e tem que ser votado até o dia 22 de junho, caso contrário, perde a validade.
Com UOL
Siga-nos no Instagram | Twitter | Facebook