Após afirmar que “comunistas criaram covid-19”, Elba Ramalho agora veste o traje de 'isentona' e se diz “alérgica à política”
informações de DCM e Poder360
Em entrevista ao Uol, a cantora e compositora Elba Ramalho, de 69 anos, natural de Conceição, sertão da Paraíba, pagou de “isentona” e se disse “alérgica à política”. Ela reclamou da “polarização” e afirmou que rasgou seu título de eleitor “há muitos anos”.
“Política me dá alergia. Começo a sentir coceira e desconforto. É uma polarização constante. Eu vivo um outro momento da minha vida e já desisti de torcer por candidatos ou políticos. Já rasquei meu título há muitos anos”, declarou.
No início deste ano, porém, ela alegou que o vírus da covid-19 foi criado por “comunistas” para “destruir cristãos”.
“Para muitas pessoas, é apenas uma pandemia, para nós, o Senhor sabe e eu sei, é muito mais coisa por trás dessa pandemia e que vem ainda com o intuito de nos destruir. Nós somos o incômodo, o calo dos comunistas. Somos nós cristãos, mas nós somos também a resistência e vamos permanecer fiéis, porque Deus vai nos proteger”, disse Elba, que teve covid-19 em setembro do ano passado.
Ela falava com um sacerdote cuja identidade não foi revelada. Internautas criticaram a cantora pelas declarações.
Após a repercussão negativa da declaração, a compositora tentou se explicar: “Fui mal interpretada. Existia um contexto de cunho espiritual [na conversa] e as pessoas não entenderam. Eu sinto muito. Foi um grande mal entendido. Minhas sinceras desculpas”, disse ela.
Na semana do Ano Novo, a casa da artista em Trancoso, distrito de Porto Seguro, foi alvo da polícia por ser palco de uma festa com mais de 500 pessoas. Ela sofreu críticas, mas negou ter participado do evento na residência.
“A casa foi alugada do dia 25 de dezembro ao dia 4 de janeiro, como todos os anos eu faço. Esse é um período em que alugo outra casa ou fico numa pousada porque venho mesmo para descansar. A casa está nas mãos de outras pessoas, que vão responder. A responsabilidade é delas, não é minha“, disse.
A festa foi interrompida com a chegada da Polícia Militar, seguindo a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) de que festas estão proibidas no território de Porto Seguro. A cantora explicou que estava na missa quando recebeu a denúncia, e que é totalmente contra aglomerações.
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