Homofobia

Ator pede que respeitem opinião homofóbica ao explicar vídeo de pastor

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Ator tentou se explicar após ser criticado por divulgar vídeo de pastor sobre casamento homoafetivo, mas justificativa não convenceu

Caio Castro (Reprodução/Instagram)

O ator Caio Castro compartilhou em suas redes sociais um trecho da participação do pastor Cláudio Duarte no “Programa Raul Gil”, em que o religioso critica abertamente o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Fãs e seguidores do ator não receberam bem o conteúdo e o acusaram de apoiar ideias homofóbicas.

Mesmo após as críticas, o ator decidiu não apagar a publicação do vídeo e tentou se justificar. Caio disse que os posicionamentos do pastor Cláudio Duarte seriam válidos porque devemos respeitar ‘opiniões divergentes’.

Caio se confundiu durante a explicação. “Eu sou contra ele ser contra [o casamento gay], mas respeito a opinião dele. Tudo começa pelo respeito. Eu sou a favor do amor entre as pessoas”, publicou o ator.

“O vídeo que eu compartilhei é sobre esse ponto que o pastor está falando. Respeito, respeitar as pessoas independentemente de qualquer coisa”, continuou Caio, que é namorado de Grazi Massafera.

A explicação não convenceu. “Tradução do que Caio Castro disse: ‘respeitem a homofobia'”, comentou um internauta. “Segundo o Caio Castro eu tenho que respeitar quem é contra a minha existência e a minha forma de amar”, publicou outro.

“Caio parece ser um representante de um tipo de homem que existe desde o início dos anos 2000. Na época, chamávamos esse sujeito de ‘o careta disfarçado de moderno’. O tempo passa, a palavra careta foi substituída por ‘reaça’. O moderno por desconstruído. Mas o comportamento pouco mudou”, afirma a jornalista Nina Lemos.

A apresentadora Rafa Kalimann, da TV Globo, postou o mesmo vídeo do pastor nas suas redes sociais. No entanto, ao contrário de Caio, ela apagou a postagem após ser criticada. Kalimann ainda divulgou um pedido de desculpas, no qual disse que seu intuito “era repassar aquilo para aqueles que tratam mal os LGBTs por conta de religião, para de uma vez por todas isso parar”.

Homofobia é crime

Em fevereiro de 2019, O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero passe a ser considerada um crime.

Os ministros determinaram que a conduta passe a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89), que prevê crimes de discriminação ou preconceito por “raça, cor, etnia, religião e procedência nacional”.

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