Impunidade e falta de transparência: Exército impõe sigilo de 100 anos sobre processo administrativo contra Pazuello
O Exército impôs um sigilo de 100 anos do processo administrativo sobre a participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O jornal O Globo tinha feito um pedido formal ao Exército por maiores informações a respeito do caso. No entanto, as Forças Armadas responderam que o processo tem informações de cunho pessoal e citou dispositivo da Lei de Acesso à Informação (LAI) que dá sigilo de 100 anos a situações como essa.
O processo contra Pazuello já está arquivado.
Saiba mais: Generais temem insubordinação após ‘caso Pazuello’ terminar em pizza
Em 4 de junho, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira decidiu não punir o general pela participação em evento político no dia 23 de maio. Na ocasião, o ex-ministro e o presidente provocaram aglomeração sem máscara no Rio de Janeiro.
Leia também:
Pazuello passa mal e vai embora da CPI; suspeita é de síndrome vasovagal
Pazuello “tremia” durante treinamento para a CPI da Covid, dizem assessores
A decisão tomada pelo Exército em relação ao sigilo do processo ignora entendimentos que já foram firmados pela Controladoria Geral da União (CGU). Em situações como a de Pazuello, a CGU determinou que os documentos devem ficar em sigilo apenas quando a apuração ainda está em curso.
Siga-nos no Instagram | Twitter | Facebook