Motorista usa nota falsa de R$ 100 para comprar trufas de menino que vende doces em semáforo. "Olho dele encheu de lágrima quando descobriu". O garoto perdeu toda a mercadoria
Uma motorista usou uma cédula de R$ 100 falsa para comprar todas as trufas de um menino que vendia os doces em um semáforo da cidade de Jundiaí (SP). O crime aconteceu na última sexta-feira (28).
O menino percebeu que caiu em um golpe somente depois de o segurança de um supermercado descobrir que a nota era falsificada. O garoto queria repor a mercadoria e comprar mantimentos para casa.
De acordo com a mãe dele, uma dona de casa de 31 anos, o filho vai todo dia depois das aulas, por volta das 17h, para o semáforo do bairro vender as trufas porque tem o sonho de virar empreendedor.
Ele é o mais velho entre cinco irmãos e usa o dinheiro para comprar “coisas de crianças”, diz a mãe. O pai dele trabalha como servente de pedreiro.
A mãe relata que o filho não quis passar a nota no supermercado de maneira intencional, pois não sabia que se tratava de uma falsificação. Ele procurou os funcionários antes de tentar a compra.
“Ele é uma criança que não faz nada de errado e nunca passaria uma nota falsa, tanto que chorou depois de saber disso”, declarou a mãe.
O segurança do supermercado se comoveu ao ver a situação do menor. Sandro Moraes diz que trabalhava no estabelecimento, quando a criança apareceu e perguntou se poderia informar se a nota era falsa.
“Na hora que peguei já vi que era. Era uma falsificação muito grosseira. Era a mesma coisa de ter colocado numa impressora e feito uma cópia. Ele deve ter ficado feliz com a venda e não percebeu”, diz.
Sandro ainda conta que, após o menino pedir ajuda, ele levou a cédula para o fiscal e fizeram testes. Muitos elementos, como a marca d’água, não existiam. A tristeza do menino chamou atenção do funcionário.
“Por dentro era um papel branco. O olho dele encheu de lágrima e ficou o sentimento de impotência. Coloquei a história nas redes sociais para as pessoas ajudarem.”
Ainda no mercado, o adolescente quis deixar a nota como exemplo para que as funcionárias do caixa não caíssem também no golpe. “Foi honesto, não agiu de má-fé e ainda quis ajudar o pessoal. Acredito que a pessoa que repassou será difícil achar, mas, quando colocar a cabeça no travesseiro, vai bater a consciência”, afirma Sandro.
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