Redação Pragmatismo
Barbárie 01/Jun/2021 às 10:25 COMENTÁRIOS
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“Viúva da Mega-Sena” fica de fora de herança e disputa chega ao fim

Publicado em 01 Jun, 2021 às 10h25

STF entendeu que o homem foi manipulado pela esposa para inclui-la no testamento como a única herdeira. Valor deixado é de R$ 120 milhões

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(Imagens: reprodução)

Depois de 14 anos, chegou ao fim a disputa pela herança de Renê Senna, ganhador da Mega-Sena morto em 2007.

O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu a exclusão de Adriana Ferreira de Almeida, condenada pelo assassinato do marido da divisão do patrimônio.

Conhecida como “Viúva da Mega-Sena”, Adriana tentava fazer valer o testamento de Renê, que deixava-lhe toda a herança, avaliada em R$ 120 milhões. Em 2018, porém, uma sentença anulou o documento e tirou a mulher da divisão.

No último mês de março, a filha de Renê, Renata Senna, foi autorizada também pela Justiça a receber metade da quantia. Adriana, então, brigava pelos outros R$ 60 milhões.

Leia também: Petistas dividem prêmio da Mega-Sena com copeiras

Mas o STF considerou que o homem foi manipulado pela esposa para dar-lhe todo o dinheiro, antes de ela própria ordenar seu assassinato. Por isso, a excluiu do testamento e definiu que os outros R$ 60 milhões sejam divididos entre os nove irmãos de Renê.

Para que a decisão seja cumprida, os bens de Renê começaram a ser leiloados. Em março, uma fazenda de 9,3 km² em Rio Bonito (RJ) foi vendida.

Relembre o caso

O ex-lavrador Renne Senna ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena em julho de 2005 e foi assassinado quase dois anos depois, com quatro tiros, quando conversava com amigos na porta de um bar em Rio Bonito – RJ, onde morava. A viúva, Adriana Almeida, 25 anos mais jovem que Sena, foi apontada pela polícia como a mandante do crime, supostamente motivada pela herança.

O caso foi encerrado em dezembro de 2016, quando Adriana Almeida foi condenada a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado.

Ela era cabeleireira na cidade e foi levada por uma irmã da vítima a passar o natal na casa do milionário, que ele tinha adquirido num condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Durante a festa de fim de ano, Adriana se aproximou de Renne e começou a namorá-lo. Humilde, ele decidiu voltar para Rio Bonito, onde nascera, e, meses depois, se casou com Adriana, que começou a mandar em tudo, afastando Renne de seus irmãos e parentes e até da filha, que ele tinha de um relacionamento anterior.

O ex-lavrador era diabético e teve de amputar as duas pernas, em consequência da doença. Ele andava em um quadriciclo pela cidade e tinha o hábito, de nos finais de semana, ir a um bar conversar e tomar cerveja com amigos, quando foi assassinado. Os matadores estavam em uma moto e fizeram diversos disparos contra Renne, que morreu na hora.

A investigação da polícia concluiu que Adriana foi a responsável por arquitetar o assassinato do marido, justamente para ficar com a fortuna.

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