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Viraliza vídeo em que Ciro Nogueira chama Bolsonaro de fascista

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Após Ciro Nogueira ser apontado como o provável futuro ministro da Casa Civil, viraliza vídeo em que senador elogia Lula e chama Bolsonaro de fascista. Imagens provocaram troca de farpas no meio bolsonarista

Ciro Nogueira e Bolsonaro (Imagem: Isac Nóbrega/PR)

Viralizou nesta quarta-feira (21) um vídeo (assista abaixo) em que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) chama Jair Bolsonaro (sem partido) de ‘fascista’ e tece elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As imagens surgiram inicialmente em grupos bolsonaristas após as expectativas em torno da nomeação de Ciro Nogueira para o Ministério da Casa Civil — pasta que é considerada a mais importante do governo.

Houve troca de farpas em grupos bolsonaristas à medida em que as imagens repercutiam. “O presidente cavou a própria cova quando abriu as pernas para o centrão. Todo mundo sabia que ia dar m***, ele tinha a nós, não precisava disso para se manter no poder”, disse um deputado ao Pragmatismo. “O centrão hoje tem mais voz e influência do que os que sempre estiveram ao lado de Bolsonaro”, acrescentou.

“Infelizmente, esse é o preço que se paga pela governabilidade. O centrão ocupa muitos cargos e tem força na gestão, mas garante o avanço das pautas de interesse do governo no Congresso”, pontuou um interlocutor do Planalto, defendendo a indicação de Ciro Nogueira.

O vídeo em que Ciro Nogueira chama Bolsonaro de ‘fascista’ foi gravado em 2017. “O Bolsonaro, eu tenho muita restrição, porque é fascista, ele tem um caráter fascista, preconceituoso, é muito fácil ir para a televisão e dizer que vai matar bandido”.

“Lula é o melhor presidente da História. Principalmente para o Piauí e para o Nordeste. Ele tirou o povo da miséria, foi decisivo no combate à fome, criou o maior programa habitacional do mundo […]”, continuou.

Ciro Nogueira apoiou a candidatura de Fernando Haddad (PT) desde o primeiro turno da eleição de 2018, inclusive com a participação de comícios do petista no Piauí.

A decisão de apoiar o PT contrariou a própria legenda dirigida pelo parlamentar. Isso porque o Progressistas, seu partido, fez parte da coligação do candidato Geraldo Alckmin (PSDB).

Foi no ano passado, em meio ao início da aproximação de Bolsonaro com o Centrão, que o senador rompeu com o PT e se declarou oposição ao governador Wellington Dias (PT-PI).

Bolsonaro já foi filiado por mais de dez anos ao PP. Apesar do longo tempo de mandato de deputado exercido pelo partido, o hoje presidente da República nunca foi escolhido pela sigla para exercer cargo de liderança ou comandar comissões.