'Não vamos perdoar; vamos caçá-los para fazer vocês pagarem', disse o presidente; ao menos 72 pessoas morreram nas explosões
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (26) que seu governo não será intimidado e que irá “caçar” os responsáveis dos ataques no aeroporto em Cabul, no Afeganistão, que deixou pelo menos 72 mortos, incluindo 12 militares norte-americanos.
“Para aqueles que realizaram este ataque, bem como para qualquer pessoa que deseja mal à América, saibam disso: não vamos perdoar. Não vamos esquecer. Vamos caçá-los para fazer vocês pagarem“, disse o democrata.
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Biden ainda explicou que ordenou aos seus comandantes que desenvolvam planos operacionais para atacar os principais ativos, liderança e instalações do Estado Islâmico.
“Responderemos com força e precisão no nosso tempo, no lugar que escolhermos, no momento de nossa escolha. Eu instruí os militares em tudo que eles precisassem – se eles precisarem de força adicional, eu concederei“, garantiu.
Apesar dos ataques, Biden reafirmou que manterá a operação de evacuação de norte-americanos e civis afegãos aliados dos Estados Unidos e ressaltou que “esses terroristas do Estado Islâmico não vão vencer“.
“Vamos resgatar os norte-americanos. Vamos tirar nossos aliados afegãos. E nossa missão continuará“, acrescentou ele, enfatizando que seu governo tentará mesmo depois da data continuar a retirar os afegãos que ajudaram os EUA.
Para o mandatário, não há evidências de “conluio” entre o Talibã e os jihadistas. Segundo ele, os agressores podem ter saído de prisões que foram abertas pelos talibãs durante a conquista do Afeganistão.
As explosões no aeroporto de Cabul foram assumidas pelo braço afegão do Estado Islâmico (EI-K), de acordo com a agência vinculada ao grupo fundamentalista, Amaq News. O EI-K é considerado mais radical do que o Talibã e foi um dos críticos ao acordo de paz que culminou na retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão.
Biden prestou solidariedade a “todas as famílias afegãs que perderam pessoas, incluindo crianças, neste ataque cruel”. “Estamos indignados e também com o coração partido“, finalizou.
Os ataques desta quinta no aeroporto de Cabul marcam o dia mais mortal para as tropas norte-americanas no Afeganistão em mais de uma década. Em agosto de 2011, um helicóptero transportando forças especiais dos EUA foi abatido por tropas do Talibã no Vale Tangi, cerca de 97 km a sudoeste de Cabul. Na ocasião, 30 soldados dos EUA foram mortos.
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