Apesar das declarações da filha do escritor, hospital afirma que Olavo de Carvalho está vivo, mas sofre de um quadro de insuficiência cardíaca e renal aguda
O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Incor), negou, nesta quarta-feira (25/8), que o guru bolsonarista Olavo de Carvalho esteja morto. Ele está internado na unidade desde o dia 9 de agosto, com um quadro de insuficiência cardíaca e renal aguda, além de infecção sistêmica.
O boato de que Olavo teria morrido tomou conta das redes sociais após Heloisa de Carvalho, filha do autoproclamado filósofo, publicar um post afirmando que o pai estaria morto e que seus apoiadores estariam segurando a informação para inflar as manifestações pró-Bolsonaro marcadas para o dia 7 de setembro.
“Olavo de Carvalho permanece internado com quadro clínico estável sob o cuidado do Prof. José Antônio Franchini”, escreveu o hospital em nota.
O hospital informou ainda que um novo boletim médico será divulgado apenas quando Olavo tiver alta, em data “ainda não prevista”.
No mês de julho, Olavo tratou no mesmo hospital uma crise de angina — dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração. Ele também foi submetido a uma cirurgia de revisão da operação da bexiga, feita em maio deste ano, nos Estados Unidos.
Olavo da Carvalho mora com a mulher em Richmond, no estado norte-americano de Virgínia. Olavo afirmou em 2018 que o pior que existe nos EUA são os serviços de saúde, que são, segundo ele, “cem por cento socialistas”.
‘Cigarro faz bem para a saúde’
Uma das ideias mais bizarras de Olavo de Carvalho é a de que o cigarro faz bem para a saúde, sem nenhuma ligação com o câncer de pulmão ou doenças cardíacas. Contrariando 100% das pesquisas médicas, ele diz: “Cigarro não faz mal, isto tudo é uma empulhação da Indústria Farmacêutica que vendem remédios que matam a população. Cigarro faz bem para a atividade cerebral e diminui o colesterol, quantas pessoas com Alzheimer fumantes você já viu?”.
Embora tenha estimulado o tabagismo durante décadas, Olavo parou de fumar há alguns anos após médicos afirmarem que ele morreria caso não abandonasse o vício.