Direita

7 de setembro em Brasília começa com violência: “Viemos para a guerra”

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Manifestantes erguem bandeiras golpistas e usam caminhões para romper bloqueio. PM faz apenas revista seletiva e Jair Bolsonaro aparece em carro dirigido por Nelson Piquet

Manifestantes tentam furar bloqueio em Brasília

A manifestação que pede ‘intervenção militar com Bolsonaro’ começou com violência neste 7 de setembro em Brasília (DF). Apoiadores do presidente tentaram romper um bloqueio para invadir o STF e entraram em confronto com as forças de segurança.

Os manifestantes afirmaram que “vieram para guerra e não fazer carnaval”. Os policiais reagiram e usaram spray de pimenta para dispersar os mais exaltados. Não há confirmação de presos.

A região concentra apoiadores do governo desde a noite de ontem (6),quando, sem qualquer sinal de oposição da Polícia Militar do Distrito Federal, atravessaram bloqueio prévio, na altura da Biblioteca Nacional.

Hoje, há uma barreira neste ponto, mas sem uma efetiva revista da Polícia Militar. Dessa forma, o público consegue entrar com objetos proibidos e até armas na Esplanada. Foram flagrados manifestantes ingerindo bebida alcoólica.

Além de cartazes e faixas em favor do presidente, manifestantes concentrados na Esplanada dos Ministérios também defendiam golpe militar e a saída dos ministros do STF

Uma faixa, localizada em frente ao Congresso Nacional, clama por “intervenção militar e faxina nos Poderes” e diz que o povo quer “Bolsonaro no Poder”.

Revista seletiva

Diferentemente do que havia informado, a Polícia Militar do Distrito Federal não revista todas as pessoas. Faz apenas uma revista por amostragem dos manifestantes.

A pedido dos policiais, uma parte dos militantes deixa no chão mastros das bandeiras que carregam. As cores verde e amarela predominam entre os apoiadores do presidente da República. Ambulantes aproveitam a manifestação para vender camisetas da seleção ou com inscrições como Bolsonaro 2022.

Desfile com Nelson Piquet

Mais cedo, Bolsonaro tomou café da manhã com ministros e outras autoridades. Na saída, fez uma live em suas redes sociais. “Hoje é o dia do povo brasileiro que vai nos dar o norte, que vai nos dizer para aonde o Brasil deve ir. O que falarmos a partir de agora, falo em nome de vocês. Nosso país não pode continuar refém de uma ou duas pessoas, não interessa onde elas estejam. Esta uma ou duas pessoas, ou entram nos eixos ou serão simplesmente ignoradas na vida pública. Vou continuar jogando dentro das 4 linhas, mas a partir de agora não admito que uma ou duas pessoas joguem fora das quatro linhas. A regra é uma só: respeito à nossa Constituição.”

Depois, seguiu de Rolls-Royce acompanhado de crianças até a Praça das Bandeiras, na área do palácio. Quem dirigiu o veículo foi o ex-piloto Nelson Piquet.