Segundo empresas, doses produziram resposta imune semelhantes à verificada em jovens de 16 a 25 anos
Luís Gomes, Sul 21
As farmacêuticas Pfzer e Biontech, responsáveis pela produção da Comirnaty, informaram nesta segunda-feira (20) que o imunizante gerou uma imunidade “robusta” contra a covid-19 nas fases 2 e 3 dos teste clínicos realizados com crianças de 5 a 11 anos. Os testes foram realizados com doses de 10 microgramas da vacina, o que representa cerca de um terço da dosagem usada nos imunizantes destinados a crianças e adolescentes, administradas em um intervalo de três semanas.
Segundo as empresas, as doses foram bem toleradas e produziram uma resposta imune e efeitos colaterais semelhantes aqueles verificados em estudos de jovens de 16 a 25 anos, que incluem fadiga, dores musculares, dor de cabeça, febre e náusea.
O estudo foi realizado com 2,2 mil crianças e será encaminhado à agência reguladora de medicamentos dos EUA, a FDA, o “mais breve possível”.
“Estamos ansiosos para estender a proteção conferida pela vacina a esta população mais jovem, sujeita a autorização regulatória, especialmente porque rastreamos a disseminação da variante Delta e a ameaça substancial que ela representa para as crianças”, disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado emitido pelas empresas.
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“Desde julho, casos pediátricos de covid-19 aumentaram em cerca de 240% nos Estados Unidos, enfatizando a necessidade de saúde pública de vacinação”, diz também o comunicado.
As empresas não informaram detalhes específicos do teste clínico, como, por exemplo se as crianças que participaram do teste desenvolveram miocardite, uma doença cardíaca que pode ser desenvolvida a partir da covid-19.
A Pfizer também deve divulgar até o final do ano os resultados de testes clínicos da vacina que estão sendo realizados com crianças de seis meses a 5 anos de idade.
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