Redação Pragmatismo
Notícias 09/Set/2021 às 16:30 COMENTÁRIOS
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Lideranças discutem adesão aos protestos contra Bolsonaro no dia 12

Publicado em 09 Set, 2021 às 16h30

Adesão às manifestações do dia 12 de setembro divide lideranças e quadros da esquerda, enquanto figuras que se autoproclamam de 'centro' e de 'centro-direita' confirmam participação nos atos

manifestações 12 de setembro
Ciro Gomes confirmou presença nos atos contra Bolsonaro no dia 12 de setembro. Gleisi Hoffmann diz que PT não participará oficialmente, mas indicou que militância está livre para agir como quiser. CUT está fora dos atos, mas outros sindicatos aderiram

Lideranças de diversos espectros ideológicos participaram de uma reunião para traçar novas estratégias de combate ao atual governo. Entre elas, a presença nos atos marcados para o próximo dia 12 de setembro. A conversa ocorreu por conta da manifestação de caráter golpista realizada por Bolsonaro no 7 de setembro.

Os movimentos MBL e Vem Pra Rua foram os primeiros a confirmar participação nas ruas no dia 12 de setembro, mas a manifestação agora parece ganhar um caráter bem mais abrangente. “A reação a Bolsonaro precisa ser gigantesca. A ideia é ter um movimento idêntico ao das Diretas Já, de 1983”, diz Kim Kataguiri.

O Movimento Diretas Já foi um marco histórico na luta pela democracia brasileira e teve apoio de artistas, intelectuais e políticos que, no futuro, tornaram-se opositores, como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Estarão nas ruas no dia 12 a senadora Simone Tebet (MDB-MS), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e o ex-candidato à Presidência pelo Novo, João Amoedo. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ontem que estuda estar presente no ato.

O presidenciável Ciro Gomes, do PDT, também decidiu participar das manifestações. “Irei à manifestação do dia 12 na Avenida Paulista e sempre tentarei ir a outras manifestações que forem convocadas contra Bolsonaro. Seja qual for o sacrifício e risco que isso represente, há algo maior que tudo: o futuro do Brasil e da nossa democracia”, escreveu Ciro nas redes sociais.

“Esta luta não é mais um símbolo ou uma metáfora, mas um embate real em defesa da justiça e da liberdade. Ela está acima de pessoas, de partidos ou posicionamentos ideológicos. Estamos às voltas com duas ameaça mortais: uma é a Covid e outra Bolsonaro”, continuou

“Temos que enfrentar as duas, mesmo que, em alguns momentos, as táticas de vencê-las se conflitem. Iremos para as ruas com todas as cautelas sanitárias, mas com todo destemor cívico. Ou seja: com máscara no rosto e coragem no coração”, concluiu o pedetista.

Divisão na esquerda

Existe na esquerda alguma resistência a aderir aos atos de domingo (12), dado que eles têm sido promovidos pelo MBL (Movimento Brasil Livre) e o VPR (Vem Pra Rua), compostos por políticos da direita não bolsonarista.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, evitou anunciar a adesão do PT aos atos do próximo domingo. “Mas ninguém está impedido de participar de atos contra Bolsonaro. Achamos, entretanto, que só conseguiremos um movimento forte com a construção conjunta das forças democráticas de um grande ato, e estamos dispostos a isso”, disse.

Enquanto algumas centrais sindicais (Força, CSB, UGT e NCST) e partidos anunciaram que vão estar nos atos, a CUT e a Central de Movimentos Populares não confirmaram participação.

Por outro lado, Orlando Silva (PCdoB) e a deputada Isa Penna (PSOL) já garantiram presença. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) também deve comparecer, assim como o MSTC (Movimento Sem Teto do Centro).

O senador Randolfe Rodrigues foi convidado para participar dos atos, mas até a publicação deste texto não se manifestou.

Confira os posicionamentos prós e contra:

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