Após chamar vítima de “gostosa”, assediador mata mulher de 18 anos esmagada por carro. Crime ocorreu após o motorista ser repreendido pelo namorado da vítima
Uma jovem de 18 anos morreu atropelada após ser vítima de assédio sexual em Itajaí, no litoral norte de Santa Catarina. Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu às 21h25 de domingo (10), quando Vanessa Tamyris de Oliveira Machowski foi prensada propositalmente contra um caminhão.
Em testemunho à polícia, o namorado da vítima, 21, contou que estava dentro de um caminhão conversando com a jovem, que estava na rua, quando um homem parou o carro ao lado dela e a assediou. O motorista, de 35 anos, estaria embriagado e chamou a mulher de “gostosa”, conforme o relato.
Por conta do desrespeito contra a namorada, o rapaz desceu do caminhão para ver o que ocorria e, neste momento, o motorista teria iniciado uma discussão com o casal. Após a briga o homem voltou para o carro, um Hyundai Tucson GL, e saiu do local em alta velocidade.
Ainda conforme a testemunha (que teve a identidade preservada), cerca de cinco minutos depois da confusão o autor “retornou ao local e jogou o carro em cima da vítima, esmagando-a contra o caminhão”. De acordo acordo com o boletim de ocorrência, na sequência, o homem fugiu sem prestar socorro.
Vanessa chegou a ser socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Itajaí, e foi levada para uma unidade de pronto-atendimento, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo depois do atropelamento.
Rondas foram realizadas pela Polícia Militar e minutos depois da ação criminosa, o motorista do carro foi localizado deitado na rua Domingos Braz Sedrez, próxima de onde atropelou a jovem. O carro estava danificado devido à batida contra o caminhão.
Na abordagem, o homem confessou à polícia que jogou o carro contra a vítima. Ele também apresentava lesões pelo corpo e foi atendido pelos bombeiros.
Durante o atendimento, o homem foi preso em flagrante pelo crime de homicídio e foi conduzido à Central de Plantão Policial de Itajaí. O motorista já tinha diversas passagens policiais por atos de injúria, difamação, lesão corporal dolosa contra mulher e perturbação de sossego. Até a publicação dessa matéria, a polícia ainda não havia divulgado o nome do criminoso.