"Eu fiquei com muita raiva, muito horror, muito nojo". Vídeo flagrou momento em que mulher é vítima de importunação sexual enquanto corria em rua de Maringá
Um vídeo registrou o momento exato em que uma mulher é importunada sexualmente na última quinta-feira (7) por um motociclista em uma rua de Maringá, no norte do Paraná. As imagens mostram o motociclista passando a mão no corpo da vítima enquanto ela corria na rua.
A vítima fez um boletim de ocorrência na sexta-feira (8) denunciando o caso. A mulher, que não quis se identificar, faz parte de um grupo de corrida de rua que faz exercícios três vezes por semana na região. A importunação aconteceu durante um destes exercícios, em um momento que ela estava sozinha.
“Quando eu vi que a luz estava se aproximando, eu já achei que era algo estranho. Eu não entendi logo de cara, demorei um segundo para entender. Eu comecei a gritar. Eu xinguei ele e ele saiu. Eu fiquei com muita raiva, muito horror, muito nojo”, disse.
“Eu fico pensando quanto tempo ele ficou planejando fazer isso. Essa sensação fica voltando na minha mente. E o pior é ter a certeza de saber que não será a última vez que isso vai acontecer”, afirmou.
Outro caso
No último dia 26 de setembro, uma mulher também foi vítima de importunação sexual enquanto pedalava na cidade de Palmas, também no estado do Paraná. O caso ganhou repercussão nacional e os autores foram presos.
Na ocasião, um carro se aproximou da estudante Andressa Lustosa e, na sequência, o carona passou a mão no corpo dela. Com isso, a vítima caiu no chão e se machucou.
“Eu acho que está na hora de alguém tomar uma atitude. A gente não está aguentando mais esse tipo de situação. É humilhante nós mulheres não podermos sair na rua para fazer uma atividade física. Você não pode sair na rua por medo. O que é isso? Em pleno século XXI, é triste. Não é normal isso”, afirmou a vítima.
“Alguém tem que parar esses agressores, esses abusadores, eles têm que entender que eles vieram de uma mulher, eles têm que respeitar. Já passou dos limites, é uma situação degradante para qualquer uma. Eu sei que hoje em dia muita mulher sofre e nem fala. E se não tivesse uma câmera para filmar, como é que eu ia provar o que aconteceu? Eu nem ia saber que o cara passou a mão em mim”, disse Andressa.