Dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelam o aprofundamento da desigualdade no Brasil
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou dados relacionados ao custo de vida no Brasil. Segundo o levantamento, para uma família brasileira com dois adultos e duas crianças ser sustentada, seria necessário que o salário mínimo fosse de R$ 5.657,66. O valor é 5,14 vezes maior que o piso salarial nacional de R$ 1.100.
Para chegar ao valor, o Dieese usa como base o valor da cesta básica mais cara do país. No mês de setembro, a mais custosa foi encontrada em São Paulo (R$ 673,45). Em seguida, estão as cestas básicas compras em Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06). É a sexta vez no ano que o indicador sobe.
No entanto, as capitais com a maior alta do indicador foram Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%).
Por outro lado, o custo diminui em algumas capitais. Entre elas, estão João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).
No levantamento, o Dieese lista algumas necessidades básicas incluídas no indicador: gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Também foi divulgado o tempo médio necessário que um brasileiro tem que trabalhar para comprar uma cesta básica. De acordo com o estudo, o trabalhador gasta em média 115 horas e 02 minutos para adquirir os produtos.
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