Abandono proposital de 1.056 búfalas tem sido tratado por advogados e autoridades como um dos maiores casos de maus tratos contra animais já registrados na história do Brasil
Ivan Martínez-Vargas, Globo
O abandono, ao que tudo indica proposital, de ao menos 1.056 búfalas no sítio de Água Sumida, no município de Brotas (SP), tem sido tratado por advogados e ativistas como um dos maiores casos de maus tratos aos animais já registrados na história do país.
O cenário na propriedade é desolador: pelo menos 22 búfalas já morreram de fome no local até o momento, há animais em decomposição na propriedade e muitos dos búfalos vivos estão com as costelas à mostra, em avançado estado de inanição.
A Polícia Civil investiga o caso, mas segundo o delegado Douglas Brandão Amaral, as provas indicam que o proprietário e administrador da fazenda, Luiz Augusto Pinheiro de Souza, teria deixado propositalmente os animais definharem no local.
Imagens de animais do sítio esquálidos, atolados e desesperados por comida têm circulado nas redes sociais e despertado a revolta e a solidariedade de ativistas e até de celebridades como Luísa Mell e Xuxa.
O caso teve início depois que a Polícia Ambiental de São Paulo recebeu uma denúncia e fiscalizou o local, no dia 6 de novembro.
Na ocasião, foram contadas 677 búfalas-asiáticas abandonadas e 22 animais mortos. Responsável pela fazenda, Souza foi multado na ocasião em R$ 2,133 milhões.
O número oficial de animais abandonados, contudo, é bem maior. Segundo o delegado Amaral, são 1.056 búfalos, sendo que a maioria do rebanho é constituída de fêmeas, além de 72 cavalos e éguas.
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