Redação Pragmatismo
Jair Bolsonaro 01/Nov/2021 às 07:20 COMENTÁRIOS
Jair Bolsonaro

Comandante do Exército autoriza filha de Bolsonaro a burlar matrícula em colégio militar

Publicado em 01 Nov, 2021 às 07h20

Após pedido do presidente, Exército confirma que filha de Jair Bolsonaro estudará em colégio militar sem passar por processo seletivo

Comandante Exército autoriza filha de Bolsonaro a burlar matrícula colégio militar
Imagem: reprodução

A filha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Laura Bolsonaro, vai estudar no Colégio Militar de Brasília a partir de 2022. Ela foi aprovada sem passar por um processo seletivo, após pedido feito pelo pai. A informação foi confirmada ao g1 pelo Exército.

Bolsonaro já havia comentado com apoiadores que Laura deveria frequentar a escola a partir do próximo ano. “A minha [filha] deve ir ano que vem para lá [Colégio Militar], a imprensa já tá batendo. Eu tenho direito por lei, até por questão de segurança”, alegou.

O colégio permite que frequentem a escola dependentes de militar em situações específicas, como quando são transferidos de estado, designados para missão no exterior, e outras. O público em geral também pode frequentar a escola, mas, para isso, é preciso que passem por um processo seletivo.

Segundo a escola, a cada ano, cerca de 22 mil candidatos tentam entrar no Colégio Militar de Brasília. O processo de seleção tem três etapas:

↗ Exame intelectual

↗ Revisão médica

↗ Comprovação dos requisitos biográficos (documentação necessária)

De acordo com informações do portal g1, em 2022, Laura estará no 6º ano do ensino fundamental, série para a qual há 15 vagas no Colégio Militar de Brasília. A mensalidade custa entre R$ 250 e R$ 278.

Segundo Exército, a decisão de conceder a vaga para Laura Bolsonaro sem o processo seletivo foi do comandante da Força, general Paulo Sérgio Nogueira – indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele explicou que aceitou a “solicitação de matrícula em caráter excepcional”.

Ao G1, o Exército afirmou que cabe ao “Comandante do Exército apreciar casos considerados especiais, ouvido o Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), conforme justificativa apresentada pelo eventual interessado”.

O DECEx apresentou parecer favorável à solicitação de matrícula. Posteriormente, o caso foi submetido ao Gabinete do Comandante do Exército para análise. Cumpridas as etapas anteriormente descritas, o processo foi levado ao Comandante do Exército, que emitiu despacho decisório deferindo a solicitação de matrícula em caráter excepcional“, explicou a instituição em nota.

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