Redação Pragmatismo
Saúde 25/Nov/2021 às 16:39 COMENTÁRIOS
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“Pior que tudo que já vimos”, diz Merkel sobre nova onda de Covid na Alemanha

Publicado em 25 Nov, 2021 às 16h39

Com taxa de vacinação mais baixa que vizinhos europeus, Alemanha enfrenta sucessivos recordes de novas infecções e hospitais se aproximam de ocupação máxima. Angela Merkel lamenta que muitos cidadãos 'parecem não ter entendido a gravidade' da 4ª onda de Covid no país

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Hospital de Munique (Reuters)

Mais de 100 mil pessoas (110.119) morreram de covid-19 na Alemanha desde o início da pandemia, informou o Instituto Robert Koch do governo federal nesta quinta-feira, 25, após contabilizar 351 novas mortes nas últimas 24 horas. A Alemanha se tornou o 13º país a superar as 100 mil mortes por covid-19.

O instituto também registrou 75.961 novas infecções, um novo recorde diário para a primeira economia da zona do euro, que vive um recrudescimento de contaminações sem precedentes.

A média móvel (últimos sete dias) atingiu um pico máximo de 419,7 infecções por 100 mil habitantes e as autoridades de saúde temem pela saturação da rede sanitária.

Hospitais alertam que os leitos de UTI estão se esgotando e que quase 4 mil estão ocupados por pacientes com covid-19 atualmente. Diante da situação, alguns hospitais no sul e no leste do país já começaram a transferir pacientes para outras regiões.

“Em certas regiões os hospitais já estão enfrentando “sobrecarga aguda” que exige a transferência de pacientes”, alertou Gernot Marx, presidente da federação alemã de médicos intensivos.

A pandemia é o principal desafio para o futuro governo, que deve assumir o poder em dezembro e será formado por social-democratas, verdes e liberais. “A situação é terrível”, admitiu Olaf Scholz, líder social-democrata que sucederá a conservadora Angela Merkel como o futuro chanceler da Alemanha.

Merkel, por sua vez, advertiu que a situação da Covid-19 na Alemanha “é pior do que tudo o que vimos até agora”. Segundo a chanceler, as atuais restrições no país “não são suficientes diante da situação dramática” provocada pelo surto de infecções.

A chanceler disse ainda que muitos cidadãos parecem não ter entendido a gravidade do aumento da doença pelo país e ponderou que apenas a vacinação não é o suficiente para impedir a situação atual.

Várias regiões voltaram a colocar em prática duras restrições para conter a quarta onda do coronavírus, a mais grave do país, que tem uma taxa de vacinação de 67%, menor que a de outros países europeus.

O novo coronavírus tem se propagado pela Europa, que atualmente é a região do mundo mais afetada pela pandemia. Foram mais de 2,5 milhões de casos e quase 30 mil óbitos em uma semana.

Os 13 países que já ultrapassaram as 100 mil mortes por covid: EUA, 775 mil mortes; Brasil, 613 mil; Índia, 466 mil; México, 292 mil; Rússia, 262 mil; Peru, 200 mil; Reino Unido, 144 mil; Indonésia, 143 mil; Itália, 133 mil, Irã, 129 mil; Colômbia, 128 mil; França, 119 mil; Argentina, 116 mil; Alemanha, 100 mil

A situação é mais grave em países com taxas de vacinação contra a covid-19 abaixo do esperado, como acontece na Alemanha e na vizinha Áustria. A taxa da população completamente vacinada na Alemanha é de 67%, abaixo de outros países europeus como Portugal (87%) e Espanha (80%).

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