Mulher assassinou amiga com oito meses de gestação e retirou brutalmente o bebê em Santa Catarina. Ela foi condenada por feminicídio qualificado com emprego de meio cruel, mediante dissimulação e para encobrir outro crime; tentativa de homicídio qualificado pela impossibilidade de defesa do bebê, ocultação de cadáver, parto suposto, subtração de incapaz e fraude processual
Globo
A Justiça de Santa Catarina condenou na madrugada desta quinta-feira (25) a 56 anos e 10 meses de prisão, com as penas somadas, Rozalba Maria Grime, acusada de matar uma jovem com oito meses de gestação e retirar brutalmente o bebê na cidade de Canelinha, Santa Catarina.
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O crime ocorreu há 1 ano e 3 meses, e a acusada aguardava a audiência de júri popular enquanto cumpria prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Florianópolis.
A audiência de júri popular começou por volta das 8h40 desta quarta-feira (24) e se estendeu por mais de 15h. O depoimento de Rozalba teve início no fim da tarde, depois que todas as testemunhas foram ouvidas.
De acordo com o g1, a acusada foi levada para a delegacia no dia seguinte ao assassinato, e confessou o crime. O marido, no entanto, negou participação e foi solto no dia 7 de outubro. Ele foi absolvido pela Justiça quase um ano após o assassinato, em julho de 2021. Segundo o promotor do caso, ele não tinha conhecimento do plano da esposa.
Rozalba respondeu processo pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel, mediante dissimulação e para encobrir outro crime, tentativa de homicídio qualificada pela impossibilidade de defesa do bebê, ocultação de cadáver, parto suposto, subtração de incapaz e fraude processual.
Entenda o caso
A acusada confessou à polícia que a motivação do crime era o roubo da criança que estava sendo gerada. Ela forjou uma gravidez enquanto planejava o assassinato.
Para colocar o plano em prática, disse à vítima que organizaria um chá de bebê. No dia 27 de agosto de 2020, a levou para uma cerâmica abandonada e golpeou contra ela diversas vezes usando um bloco de barro.
Depois dos golpes, a vítima teve a barriga aberta com um estilete. O bebê foi retirado e levado pela acusada, que, depois de encontrar com o marido — que até aquele momento acreditava na falsa gravidez —, levou a criança até o hospital da cidade e justificou que o nascimento tinha acontecido na rua.
Devido às controvérsias no discurso da acusada, a equipe do hospital entrou em contato com a Polícia Militar. Em seguida, a Polícia Civil iniciou a investigação. O corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte, e, no mesmo dia, a acusada confessou o crime aos policiais e disse que queria criar a criança como dela.
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A criança, que ainda não tinha completado os nove meses de gestação e sofreu cortes de estilete enquanto a mulher a retirava à força da barriga da mãe, chegou a ser hospitalizada, mas sobreviveu e teve alta no início de setembro daquele ano.
Veja trecho da confissão de Rozalba
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