EUA

Steve Bannon, ex-conselheiro de Trump, se entrega ao FBI por acusação de desacato

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Líder da extrema direita foi indiciado por desacato ao Congresso ao se recusar a depor e por não fornecer documentos solicitados

Stephen Kevin “Steve” Bannon (Imagem: Thibault Camus | AP)

Opera Mundi

O aliado e ex-conselheiro de Donald Trump Steve Bannon se entregou nesta segunda-feira (15) ao FBI, a polícia federal norte-americana, em Washington, capital dos Estados Unidos. Ele foi indiciado por desacato ao Congresso ao não cumprir intimações para depor sobre a invasão do Capitólio, promovida por apoiadores do ex-presidente republicano, em 6 de janeiro.

De acordo com o Departamento de Justiça, o também líder da extrema direita se negou tanto a depor quanto a fornecer documentos solicitados.

A suspeita é de que Bannon sabia previamente da insurreição realizada no dia em que o Congresso se reunia para ratificar a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro. O assalto terminou com cinco pessoas mortas, incluindo apoiadores de Trump.

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Antes de se entregar na sede do FBI, ele falou ao vivo para a rede social Gettr, criada por e para apoiadores do ex-mandatário: “Estamos derrubando o regime de Biden, eu quero que vocês fiquem focados, isso é só ruído“.

Ainda em outubro deste ano, a Câmara dos Representantes, composta por maioria democrata, aprovou uma resolução contra Bannon com 229 votos a favor, sendo nove de republicanos, e 202 contra, pedindo ao Departamento de Justiça que tomasse providências contra o ex-estrategista trumpista.

Bannon foi o arquiteto da vitoriosa campanha de Trump em 2016, mas rompeu com o magnata menos de um ano após sua chegada à Casa Branca.

Após se afastar do presidente, fortaleceu laços com a extrema direita europeia, como o italiano Matteo Salvini e a francesa Marine Le Pen, e se aproximou da família Bolsonaro. Ele também tem conexões na ala ultraconservadora da Igreja Católica norte-americana, que faz oposição ao papa Francisco.

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Bannon já havia sido preso em agosto de 2020 por uma acusação de desviar dinheiro de uma campanha para financiar o muro na fronteira entre EUA e México, mas acabou libertado após pagar fiança de US$ 5 milhões.

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