Violência

Cinegrafista havia acabado de chegar em Paraty e estava indo para pousada quando foi morto

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Turista de 31 anos estava com a namorada e foi assassinado antes mesmo de se hospedar em Paraty. Vítima trabalhava na TV Câmara de São Paulo. "Ele era um pessoa muito especial e estamos abalados", disse o vereador Milton Leite. Um dos envolvidos no crime foi encontrado morto horas depois

O cinegrafista Vitor da Silva Lins

Vitor da Silva Lins, de 31 anos, havia acabado de chegar de ônibus em Paraty, cidade histórica do Rio de Janeiro, quando foi assassinado a facadas no Centro Histórico na madrugada da última quinta-feira (23). O cinegrafista não havia sequer se hospedado com a namorada na cidade.

O casal estava andando a caminho da pousada onde ficariam durante a estadia no bairro do Pontal quando foi abordado por três assaltantes. Vitor não deixou que levassem sua mochila e foi baleado. Os bandidos fugiram. O cinegrafista morreu no local.

Dois menores foram reconhecidos pela namorada da vítima e confessaram a autoria do crime. Um deles efetuou os disparos com um revólver calibre 38. A dupla foi localizada na Ilha das Cobras, região dominada pelo tráfico, durante operação conjunta da Polícia Civil e Polícia Militar com a Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública de Paraty. Testemunhas e imagens de câmeras levaram a polícia aos menores.

O terceiro envolvido no crime foi encontrado morto numa área de mata, conhecida como Olaria. Segundo a polícia, o homem, conhecido como Jajá, foi executado pelo tráfico de drogas. O caso foi registrado como latrocínio na 167ª DP (Paraty).

Vitor era natural de Alagoas e foi para São Paulo para estudar e trabalhar. Ele era formado em Rádio e TV pela Universidade Anhembi Morumbi. Há aproximadamente um ano, trabalhava na Fundação Padre Anchieta, contratada pela Câmara Municipal de São Paulo e responsável pela TV Câmara. Em nota, a Rede Câmara lamentou o falecimento do profissional. O presidente da Casa, vereador Milton Leite (DEM), enviou também uma mensagem de conforto à família.

“Todos os colegas estão bem abalados com a notícia. Além de ter sido algo repentino, ele era uma pessoa muito especial”, disse o vereador.

“Vitor era ciclista, defensor da ciclovia e do uso da bicicleta como transporte público. Já que o trânsito é algo violento, andava para cima e para baixo de bicicleta. Passou esses dois anos de Covid e não aconteceu nada. Agora que estava aproveitando para descansar, acontece isso”, lamentou Flávio Munhoz, coordenador geral da Rede Câmara, da Câmara Municipal de Vereadores de São Paulo.

Local do crime