Pai de Tiago Leifert rebate Ícaro e diz que filho chegou onde está por “meritocracia”

Gilberto Leifert é pai de Tiago Leifert e exerceu cargos de chefia na Globo durante 30 anos (de 1988 até 2018). Nesta semana, ele foi convocado indiretamente a participar da polêmica entre o seu filho e o ator Ícaro Silva.

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Em um trecho da carta de Ícaro, o ator sugeriu que Tiago não teria alcançado posição de destaque tão rapidamente na Globo caso não fosse o filho de um dos chefões da emissora. “É que meu pai é funcionário público, sabe?”, diz Ícaro. Gilberto saiu em defesa do filho. “Você talvez não goste de ver seu pai tratando deste tema em público. Mas estava na hora”, começou.

Em seguida, Gilberto usou do conceito da meritocracia para justificar a alavancada na carreira de Tiago. “Tenho setenta anos e cresci vendo a nação brasileira conviver com impunidade; negar o mérito das pessoas, suspeitar da honestidade e da integridade de quem alcança sucesso. O esporte preferido dos brasileiros não é o futebol. É o falar mal dos outros”.

Gilberto pontuou que ele e Tiago sempre foram de áreas diferentes da mesma emissora. “Você inicialmente numa emissora afiliada, depois no SporTV, no Jornalismo/Esporte e depois no Entretenimento. Eu no Comercial. Meus ex-colegas, que foram seus chefes, reconheceram desde logo seu talento, seu preparo e dedicação”, explicou.

Na continuação da defesa, Gilberto assinalou que nunca interferiu na carreira de Tiago. “Aliás, jamais me meti nos assuntos que diziam respeito ao seu trabalho. Essa era a nossa regra do jogo (minha e sua) e meus pares a presumiam. Eu jamais poderia contratar alguém para o Jornalismo, por exemplo”.

Gilberto Leifert disse ainda que ‘agiu corretamente’ ao apresentar o filho à televisão em 1996, quando Tiago tinha 16 anos e atuou como repórter de campo na TV Gazeta/SP, ‘sem remuneração’. Ele completou que o filho se destacou estudando e trabalhando nos Estados Unidos.

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Nesta segunda-feira (27), Tiago Leifert rompeu um silêncio de cinco dias e se pronunciou pela primeira vez após a resposta de Ícaro Silva. “Oi, acho que vocês já devem estar de saco cheio do assunto, talvez não queiram assistir esse vídeo, tudo bem, não tem problema. Eu demorei mesmo para vir aqui, acho que perdi o timing do assunto. Mas é que esses últimos dias foram importantes para esfriar a temperatura e para eu me acalmar também porque eu achei que eu tinha escrito algo super óbvio, uma constatação simples até de como as coisas funcionam, mas o que eu disse foi jogado para um lugar que não é meu, catapultado para lugares que eu desconheço e não foi o que eu falei. E vocês que me seguem sabem que não foi o que eu falei, mandaram mensagem”, começou o ex-apresentador.

Leifert revelou que recebeu muitas mensagens de ódio. “Eu fui atacado por causa da minha religião, fui atacado por causa da minha família e eu não fiz isso em nenhum momento. Eu não ataquei a família de ninguém, eu não ataquei a índole de ninguém, eu não ataquei a trajetória de ninguém, não fiz isso em nenhum momento, minha postagem está lá, é só… E por último nesse delírio que aconteceu nos últimos dias, no último parágrafo de uma carta escrita para mim, tripudiam, ironizam um problema pelo qual estou passando que nem eu estava preparado para falar. E aquilo me tirou de um jeito que eu pensei que não fosse possível depois de tantos anos trabalhando na mídia. Eu achei que não iam conseguir, mas realmente eu parei de enxergar tudo e eu fiquei muito transtornado com aquela última parte, então eu vou ignorar por agora”, disse.

Tiago ressaltou que seu pronunciamento não é um pedido de desculpas, mas afirmou que não quis ferir ninguém com sua declaração. “Se você se feriu com o que eu falei, eu lamento para caramba porque não foi a minha intenção. Mas esse não é um pedido de desculpas, tá? Eu só lamento mesmo, fico triste. Quando eu disse e estava bem claro… Vamos voltar a questão… ‘Provavelmente ajudamos a pagar o seu salário’, eu errei. Não é provavelmente, nós ajudamos a pagar o seu salário, o seu, o do Boninho, o meu, o do Luciano Huck, o do Mion, o de todo mundo ali. Assim como o trabalho de todo mundo da Globo, atores, atrizes, técnica, maquiagem, camareiros, figurino, comercial, jurídico ajudava a pagar o meu salário, porque eu saí.”