Policial militar, que é ex-vereador, se apresentou na delegacia acompanhado de advogado após assassinar a esposa em MG. “Meu cliente está muito abalado psicologicamente e não lembra de nada”, afirmou o defensor. Vítima deixa filho de 1 ano e 10 meses
Priscila Silva Dala Paula Azevedo, de 26 anos, foi assassinada a tiros pelo marido nesta quarta-feira (8) em Muriaé, Minas Gerais. O autor do crime é o policial militar e ex-vereador Joel Morais de Asevedo Junior, de 51 anos, marido da vítima.
Joel se entregou na tarde desta quarta-feira (8) na Delegacia de Polícia Civil de Muriaé acompanhado pelo advogado Ricardo Couri. O advogado relatou que seu cliente estava “muito abalado psicologicamente” e que “ele não lembra de nada”. A defesa afirmou ainda que “tudo é muito precoce e ele [Joel] não relatou nenhum detalhe para a defesa”.
De acordo com as informações da Polícia Civil, ainda no final da manhã desta quarta, o ex-vereador chamou os advogados até a casa dele. Ele contou que havia “feito besteira”, tinha matado a esposa e queria se apresentar à polícia. O casal tem um filho de 1 ano e 10 meses, que ficou com a avó materna.
Na delegacia, o militar reformado confessou a autoria do crime. Ele afirmou ter matado a esposa com uma pistola dele. Como sargento da reserva, o homem tem porte de arma de fogo. Joel entregou a arma usada no crime aos policiais.
A Polícia Civil pediu a prisão temporária dele, que foi concedida pela Justiça. Por ser policial da reserva, o homem foi levado para um batalhão da Polícia Militar (PM) em Ubá. O corpo de Priscila Azevedo foi enterrado às 13h desta quinta-feira (9).
Segundo a delegada responsável, Natália Guimarães, pelo fato do ex-vereador ter se apresentado à polícia, não foi lavrada a prisão em flagrante, entretanto, “diante da gravidade dos fatos, da repercussão e da possibilidade de intervenções nas investigações, foi feito o pedido de prisão temporária, concedido pela Justiça”.
“Durante o depoimento, ele [acusado] não deu detalhes sobre a motivação do crime e a dinâmica dos fatos, disse apenas que efetuou os disparos e não quis mais falar sobre o crime”, afirmou a delegada.
Ainda conforme a delegada, não há históricos de ocorrências envolvendo o casal, mas as investigações estão em curso para esclarecimento completo dos fatos.
A Polícia Militar não informou por quanto tempo Joel trabalhou na corporação. Em nota, a PM disse que, posteriormente, um procedimento administrativo será aberto para a exclusão de fileiras — títulos do ex-policial.