Apresentadores de TV na França, irmãos gêmeos morreram vítima de Covid-19 em um intervalo de seis dias de diferença. Eles recusaram a vacina
O astro da TV francesa Igor Bogdanoff morreu na última segunda-feira (3) aos 72 anos, em decorrência da Covid-19. O apresentador faleceu poucos dias depois de seu irmão gêmeo Grichka, que também pereceu devido à doença.
“Em paz e amor, cercado por seus filhos e sua família, Igor Bogdanoff partiu para a luz na segunda-feira, 3 de janeiro de 2022”, diz o comunicado divulgado pela família do apresentador à imprensa local. Segundo o jornal francês Le Monde, os irmãos não se vacinaram contra o coronavírus.
De acordo com uma publicação do New York Post, Bogdanoff deixa seis filhos e sua ex-esposa, a escritora Amélie de Bourbon-Parme. Grichka, seu irmão, havia sido internado em 18 de dezembro, e faleceu no dia 28 do mesmo mês.
Na frança, a dupla era conhecida por suas carreiras na televisão como apresentadores de séries de ficção científica dos anos 1980, como “Temps X” e “Rayons X”, além de sua personalidade e aparência.
Adeptos à cirurgia plástica, os dois alteraram a aparência ao longo dos anos, o que chamava a atenção do público. Em 2020, os gêmeos fizeram uma participação na versão francesa do reality The Masked Singer.
Covid na França
Desde 3 de janeiro de 2022, o mundo tem registrado, por dia, mais de 2 milhões de casos de covid-19. O índice é acompanhado por outro dado assustador: a marca de 2 milhões de diagnósticos diários foi ultrapassada apenas uma semana após o primeiro registro de 1 milhão de novos casos no planeta.
Dados mais recentes do Our World In Data, de quinta-feira, dia 6, indicam que houve 2,52 milhões de notificações no mundo. Três países, juntos, respondem por metade dos casos: Estados Unidos (786.824), França (262.787) e Itália (219.430).
As últimas semanas – especialmente a primeira de 2022 — foram de sucessivos recordes de casos, impulsionados pelo avanço da variante ômicron.
Há também países que voltaram a registrar altos índices após meses de controle da pandemia, como o caso da Índia, que notificou na sexta mais de 100 mil casos num único dia -algo que não ocorria no país há mais de sete meses.
“Assim como as variantes anteriores, a ômicron está hospitalizando e matando pessoas. Na verdade, o tsunami de casos é tão grande e rápido que está sobrecarregando os sistemas de saúde em todo o mundo”, declarou o diretor da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom.
No Reino Unido, o Ministério da Defesa anunciou na sexta que convocará militares para auxiliar os hospitais diante do aumento de novas internações, atendimentos em pronto-socorros e escassez de funcionários de saúde.
Para autoridades sanitárias dos EUA, a alta de novos casos ainda não atingiu o pico. “Ainda estamos vendo esses números crescendo”, disse Rochelle Walensky, diretora do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano), em entrevista à NBC.