Mesmo separada do ex-marido há 4 meses, Bruna Araújo foi morta a tiros e marretadas pelo homem, que não aceitava o fim do relacionamento. A vítima deixa duas filhas
Bruna Araújo de Souza, de 31 anos, é mais uma vítima de feminicídio no Brasil. Mesmo separada há quatro meses, ela temia pela sua vida e de sua filha mais velha, de 17 anos. Nesta quinta-feira (13), seu maior medo se concretizou.
A orientadora de trânsito foi morta no Rio de Janeiro a tiros e golpes de marreta pelo ex-marido, Haroldo da Silva Amorim. O homem não aceitava o fim do relacionamento.
Em seguida, Haroldo furtou um carro, fugiu e se jogou da Ponte Rio-Niterói. Ele também não resistiu. Segundo a polícia. Ele chegou a ser levado em estado grave para o Hospital, mas morreu instantes depois.
“Ele ameaçava ela e a filha, de 17 anos. Nunca prestou. Xingava ela de tudo quanto era nome, na frente de todo mundo, só tratava ela mal. Ele já estava atrás dela com armas dizendo que, se ela não ficasse com ele, iria matá-la. Essas ameaças eram frequentes. Vivia perseguindo ela”, contou uma prima da vítima.
O casal ficou junto por 14 anos e teve uma filha, hoje com 12. A familiar contou que Bruna não tinha rede social por imposição do ex-marido. Após separar-se de Haroldo, Bruna foi morar com familiares em Inoã, em Maricá. Há seis meses, trabalhava como orientadora de trânsito na Secretaria de Trânsito de Maricá (Sectran). Mesmo distante, vivia com medo.
“Era linda, só viva sorrindo. Por quatro meses, viveu os dias mais felizes da vida dela. Hoje (nesta quinta-feira), ele mandou uma mensagem para ela ir na casa deles pegar as coisas dela. Disse que iria trabalhar e não estaria em casa. Quando ela chegou lá, foi uma armadilha. Ele estava com duas armas que ele vendeu o carro para comprar e matá-la. Fez tudo pensado”, disse uma familiar.