Vereador postou foto em lancha momentos antes de morrer em naufrágio em SC; filho do parlamentar segue desaparecido. Bombeiros dizem que todos os tripulantes encontrados com vida estavam agarrados na embarcação. Eles não usavam colete e não sabiam nadar
O vereador Ricardo de Moraes Barbosa (PSDB), de 48 anos, morreu na sexta-feira (14/1) após uma embarcação de passeio naufragar em Laguna, Santa Catarina. Barbosa atuava na Câmara Municipal de Caçador (SC). Ele e um homem de 29 anos não sobreviveram após o acidente.
A identificação dele foi confirmada pelo Instituto Médico Legal (IML). Na embarcação que naufragou, havia sete homens, segundo o Corpo de Bombeiros Militar. Quatro deles foram resgatados com vida, dois morreram e um continua desaparecido — justamente o filho do vereador, Michel Ricardo Barbosa, de 25 anos.
A Câmara Municipal de Caçador publicou uma nota oficial nas redes sociais, em que comunica “com pesar” a morte do vereador. “Ricardo passava férias com familiares e amigos no sul do Estado e fazia um passeio de lancha, quando, infelizmente, a embarcação virou e acabou vitimando tanto vereador Ricardo quanto amigo Deyvid Fernandes”, afirmou a Casa na nota.
A Delegacia da Capitania dos Portos em Laguna abriu um inquérito para “apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente” e a Polícia Civil também apura o caso. A princípio, testemunhas afirmam que a embarcação virou com a força das ondas.
O delegado regional de Laguna, Diego Parma, afirmou que “tão logo tomamos conhecimento da situação, uma equipe se deslocou até o local para dar início a apuração dos fatos”.
Foto nas redes
Ricardo Barbosa e o filho chegaram a postar fotos do passeio de lancha nas redes sociais ao lado de amigos na tarde de sexta-feira, minutos antes do acidente.
O Corpo de Bombeiros confirmou que as duas vítimas fatais foram retiradas da água em grau 6 de afogamento, considerado o nível máximo pelos socorristas.
O capitão dos bombeiros Edvaldo Machado afirmou que quatro tripulantes foram encontrados com vida agarrados na embarcação, sem o colete salva-vidas e não sabiam nadar.
“A nossa dificuldade hoje é a questão da área. Nós estamos trabalhando em mar aberto e é uma área relativamente grande para que a gente fazer essas buscas, então tem todas essas questões de correntes, ondulação”, disse o capitão Machado a respeito das buscas pelo último desaparecido.