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Doze cidades brasileiras estão aptas para receber o 5G; confira os planos mais baratos

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Doze cidades brasileiras já estão completamente aptas a receber a quinta geração de internet móvel (5G). A expectativa das operadoras é chegar em 500 milhões de acessos em três anos. Veja quanto vai custar o plano mais barato

Doze capitais brasileiras estão completamente aptas a receber o 5G, a quinta geração de internet móvel. Apesar da novidade estar perto de se tornar realidade, o preço mais em conta da tecnologia deve ser de, ao menos, R$ 250 por mês em faturas pós-pagas, além de contar com restrição de dados.

Tanto sob a perspectiva tecnológica quanto jurídica. Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Natal, Palmas, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Aracaju e Boa Vista já atualizaram suas legislações locais para ofertar a nova internet. As demais capitais estão parcialmente adaptadas ou ainda preparam a atualização da legislação municipal.

Apesar dos avanços no que diz respeito à legislação e a infraestrutura necessária, a previsão é que as operadoras inicialmente tenham como base valores aplicados internacionalmente.

Essa política de preços deve durar até que os chips e aparelhos compatíveis com tecnologia estejam ao alcance da maioria da população. A expectativa das operadoras de telefonia é chegar em 500 milhões de acessos em três anos.

O leilão da tecnologia foi realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações em novembro do ano passado. Dentre as operadoras que arremataram lotes, destacam-se a Claro que por R$ 338 milhões arrematou o primeiro lote da faixa de 3,5 GHz (gigahertz), e a Winty Winity II Telecom Ltda, que arrematou a de 700 MHz e se tornou a mais nova operadora do Brasil.

A previsão é que o padrão 5G deve oferecer internet de alta velocidade em todas as capitais até o dia 31 de julho. Além disso, as empresas que arremataram as concessões também se comprometeram a levar para 100% do território brasileiro a cobertura do padrão atual, o 4G.

As antenas da rede 5G serão acopladas às antenas já existentes, que serão adaptadas para funcionar em paralelo com a nova infraestrutura de conexões. Além disso, antenas menores com alcance de poucos metros, como as domésticas, poderão ser instaladas para repetirem o sinal dos dispositivos locais, que será, então, redirecionado para uma estação central. Já as antenas replicadoras, instaladas em postes ou em prédios altos, serão capazes de cobrir distâncias de até 250 m.

O QUE É A INTERNET 5G?

A rede 5G é a quinta geração das redes móveis. Trata-se de um grande salto evolutivo em relação à rede que é empregada atualmente, chamada 4G. A rede 5G vem sendo desenvolvida para comportar o crescente volume de informações trocado diariamente por bilhões de dispositivos sem fio espalhados mundialmente.

Em resumo, as redes 5G prometem aos seus futuros usuários uma cobertura mais ampla e eficiente, maiores transferências de dados, além de um número significativamente maior de conexões simultâneas.

As redes da 4ª geração, utilizadas atualmente em algumas regiões do Brasil, são capazes de entregar uma velocidade média de conexão de, aproximadamente, 33 Mbps. Estima-se que o 5G será capaz de entregar velocidades 50 a 100 vezes maiores, podendo alcançar até 10 Gbps.

Em 2014, foram estabelecidos alguns critérios pelo GSMA, uma organização internacional formada por mais de 1200 operadoras de rádio, internet e telefonia móvel, para guiar o processo de implantação das redes 5G. Entre esses critérios, destacam-se:

→ As redes 5G devem consumir até 90% menos energia que as redes 4G atuais;

→ Os tempos de conexão entre aparelhos móveis devem ser inferiores a 5 ms (milissegundos), face à latência de 30 ms das redes 4G;

→ O número de aparelhos conectados por área devem ser 50 a 100 vezes maior que o atual;

→ Devem ser realizados aumentos drásticos na duração da bateria de dispositivos rádio receptores.

Após a instalação da infraestrutura das redes 5G, a redução do consumo de energia poderá diminuir os custos futuros, além de torná-la mais ecológica. O tempo de latência reduzido, por sua vez, possibilitará a comunicação entre veículos autônomos, permitirá o desenvolvimento de sistemas de segurança que evitem acidentes automobilísticos, além de possibilitar a realização de cirurgias remotas por meio de robôs.

O aumento do número de aparelhos conectados por área possibilitará uma enorme ampliação da tendência mundial da “internet das coisas”. Sistemas de iluminação pública e residencial, smartphones, smartwatches, eletrodomésticos, dispositivos de monitoramento, sensores de presença, frequencímetros cardíacos, centrais de segurança, guichês de supermercados ou estacionamentos, caixas de supermercados, sensores meteorológicos e muitos outros dispositivos poderão conectar-se mutuamente por meio do uso da quinta geração das redes móveis. Com isso, haverá inúmeras possibilidades, cada vez mais inteligentes e conectadas, para residências, ruas, hospitais, comércios e indústrias.

Sua geladeira, por exemplo, poderá ser programada para avisar quando algum produto estiver acabando, já que sua conexão com a internet das coisas tornará possível programá-la para que ela compre remotamente o produto em falta, se assim você desejar.

O pequeno tempo de latência possibilitado pelas redes 5G permitirá que o sistema de freios de um veículo comunique-se rapidamente aos smartphones ou smartwatchs dos pedestres, evitando acidentes quando, por exemplo, houver grandes aproximações entre eles.

Como toda tecnologia nova, os receptores do sinal 5G serão lançados com preços pouco acessíveis e, com o passar do tempo, ficarão mais baratos. Espera-se que os primeiros dispositivos que usarão de forma plena as redes 5G serão os smarthphones.