Joe Biden descarta lutar contra a Rússia na Ucrânia e anuncia 5 novas medidas
Biden reitera que os EUA não irão lutar contra a Rússia na Ucrânia e anuncia 5 novas sanções: "Todas as nações que não isolarem a Rússia agora terão sua reputação manchada"
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se pronunciou oficialmente pela primeira vez nesta quinta-feira (24) sobre a invasão da Rússia na Ucrânia. No discurso, Biden afirmou que a ação do presidente russo, Vladimir Putin, foi premeditada.
“Putin atacou os princípios da paz mundial e agora o mundo vê, claramente, o que Putin e seus aliados criminosos estão pretendendo. Isso nunca foi sobre garantia de segurança. Isso era apenas uma agressão fria pelo seu desejo de império”, afirmou Biden. “Putin é o agressor. Ele escolheu essa guerra e agora terá que arcar com as consequências.”
Biden anunciou ao menos cinco novas medidas contra bancos e elites do país eurasiático. Segundo o mandatário norte-americano, haverá bloqueios aos ativos de quatro instituições financeiras russas, que detêm, juntas, cerca de US$ 1 trilhão em ativos. As sanções não envolvem a retirada do país eurasiático do sistema bancário Swift.
“Estamos bloqueando mais quatro grandes bancos. Isso significa que todos os ativos que eles têm nos EUA serão congelados. A Rússia vai pagar muito caro economicamente, estrategicamente e se tornará um pária internacional”, disse Biden.
O governo norte-americano também anunciou que irá restringir o fluxo de mercadorias para a Rússia para setores como o de alta tecnologia, em que o presidente Vladimir Putin tem investido. Isso pode afetar o desenvolvimento do programa espacial russo.
As 5 medidas anuncias por Biden:
1. Limite à capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, libras, euros e ienes
2. Bloquear as empresas estatais da Rússia dos mercados de dívida
3. Cortar o maior banco da Rússia do sistema financeiro dos EUA
4. Bloquear metade das importações de alta tecnologia da Rússia
5. Congelar ativos da Rússia nos EUA
“Nós desenvolvemos essas sanções para maximizar um impacto a longo prazo sobre a Rússia e minimizar os impactos sobre os Estados Unidos e nossos aliados”, disse o presidente norte-americano.
Biden convidou outras nações a se unirem contra a Rússia. “Todas as nações que se associarem, que não isolarem a Rússia agora, terão a sua reputação manchada. A história está sendo escrita agora”, afirmou o presidente americano. “As agressões de Putin contra a Ucrânia acabarão prejudicando a tão estimada economia da Rússia. Nós vamos garantir isso”, prometeu.
Mais cedo, Biden havia autorizado o Pentágono (ministério da Defesa dos EUA) a enviar cerca de 7.000 soldados à Alemanha no âmbito da Aliança Atlântica, a fim de reforçar a defensiva do grupo militar intergovernamental caso a Rússia decida ampliar sua presença a outros países da Europa. Os militares devem chegar nos próximos dias. O presidente norte-americano deixou claro que os soldados só serão usados caso os russos avancem sobre países da Otan.
A manifestação de Biden ocorreu cerca de 15 horas depois de a Rússia decidir atacar a Ucrânia, marcando a maior operação do gênero desde que os EUA invadiram o Iraque, em 2003, alegando que o país estava produzindo ‘armas nucleares’ — algo que jamais foi encontrado.
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