Monark pede ao NYT para publicar que ele não é nazista: "Preciso de ajuda internacional"
New York Times compara Monark com Joe Rogan e diz que podcaster pediu para jornal dizer que ele não é nazista: "Estou sendo destruído por defender uma ideia que é constitucional nos Estados Unidos. É uma patrulha sem fronteiras"
Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, apareceu em uma reportagem do jornal New York Times divulgada no domingo (13). A publicação americana comparou a história do ex-apresentador do Flow Podcast, com a de Joe Rogan, acusado de espalhar informações falsas sobre a pandemia de covid-19 e as vacinas contra a doença.
A publicação inicia a matéria fazendo um breve resumo do que “pode ser a descrição tanto de Rogan, comediante americano que se tornou podcaster, quanto Monark, o gamer que se tornou podcaster e é ‘a versão brasileira de Joe Rogan'”:
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“Ele talvez seja o mais popular podcaster do país. Ele transmite entrevistas com longas horas de duração, muitas vezes com figuras públicas. E ele agora está no meio de uma tempestade de fogo por causa de seus comentários“, diz o jornal.
Na matéria, o NYT afirma que Monark modelou o podcast “Flow” com base no projeto de Rogan e, atualmente se vê em situação semelhante a de seu ídolo.
Monark diz que precisa de “um pouco de ajuda internacional” e pediu para que o jornal publicasse que ele não é nazista.
“”Estou sendo destruído por defender uma ideia que é constitucional nos Estados Unidos”, disse Aiub em entrevista. “Não sou nazista. Por favor, escreva que você poderia dizer que eu não sou”, pediu o brasileiro.
“Temos um movimento político que acredita estar em patrulha para censurar qualquer um que tenha um pensamento que se pareça com algo que eles são contra. É uma patrulha sem fronteiras”, declarou Monark.
Na última segunda (7), Monark defendeu durante o programa a existência de um partido nazista. Segundo ele, a “esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical” e, na sua opinião, “as duas tinham que ter espaço”.
“Eu sou mais louco do que vocês. Eu acho que tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei”, afirmou no podcast.
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Após as declarações de Monark viralizarem, entidades judaicas, além da opinião pública, pressionaram patrocinadores do Flow para deixarem de apoiar financeiramente o podcast. Monark foi desligado dos Estúdios Flow e, em nota, a empresa comunicou a saída do rapaz e pediu desculpas.
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Para o texto divulgado no NYT, Monark afirma que quer ter um novo podcast e, se pode sonhar, quer participar de um programa do negacionista Joe Rogan. “Seria uma tremenda honra falar com ele”, falou.
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Com Yahoo e g1