“Não realizamos ataques contra a civilização da Ucrânia. Não há qualquer ameaça para a população civil”. A Rússia destacou ainda que os militares ucranianos que abandonarem as armas não serão atacados. Ucrânia divulga já ter matado cerca de '50 soldados russos'
A Rússia informou nesta quinta-feira (24) que as posições de militares do Exército ucraniano que depuseram as armas não são bombardeadas. “Segundo os dados da inteligência, as unidades e militares das Forças Armadas da Ucrânia estão deixando em massa suas posições, abandonando as armas. As posições das unidades Forças Armadas ucranianas que depuseram as armas não estão sendo atacadas”, diz o comunicado russo.
Foi também sublinhado que não há ameaça para a população civil. “Não realizamos ataques contra as cidades da Ucrânia. Não há qualquer ameaça para a população civil”.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou que as armas de precisão estão neutralizando a infraestrutura militar ucraniana, incluindo bases aéreas e as defesas aéreas.
Esse mesmo Ministério pontua que as cidades ucranianas não estão sendo alvos de ataques, e apenas as instalações militares estão sendo neutralizadas.
O Exército da Ucrânia, por sua vez, afirmou hoje que matou cerca de “50 ocupantes russos” na região de Lugansk, no leste do país, nas primeiras horas da invasão russa. “Em 24 de fevereiro, cerca de 50 ocupantes russos foram liquidados perto da cidade de Shchastia”, no leste da Ucrânia, disse o Estado-Maior do Exército em comunicado.
Os ucranianos usam o termo “ocupante russo” para se referir aos soldados russos e aos combatentes separatistas pró-russos no leste do país. As forças armadas ucranianas informaram ainda que quatro tanques dos ocupantes russos foram queimados na estrada de desvio de Kharkiv. “Além disso, outro avião das forças armadas da Federação Russa foi destruído na região de Kramatorsk. Este é o sexto”, dizia o comunicado.
O governo russo destacou que as declarações do chefe das Forças Armadas da Ucrânia sobre alegadas perdas de aviões russos, soldados e veículos blindados são “totalmente falsas”.
Vladimir Putin disse que o ataque foi necessário por conta do interesse da Ucrânia de ingressar na OTAN — o que significaria uma ameaça à Rússia na região.
“O plano da Rússia não inclui ocupar a Ucrânia”, disse Putin. No entanto, o líder russo afirmou que “quem interferir” no país vizinho “pagará” as consequências e acusou os Estados Unidos de terem “ultrapassado” a linha vermelha ao não atender os pedidos de segurança russos e tentar incluir os ucranianos na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Para Putin, a Otan é uma ameaça à segurança da Rússia por sua expansão na região. Por isso, o presidente quer uma declaração formal de que a Ucrânia nunca vai se filiar à aliança.
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